Sabedoria à deriva

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Toca e foge...



O sol bate-me na cara ...
Rio-me com a espuma que foge por entre as rochas da Ericeira ...
Penso na minha romã (muda). E sorrio porque a amo...
(eu disse isto??)



Calma
Calma

Porque não me disseram que a saudade um engano tão frágil quanto a solidão?


Away from the sun...

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É quando o sol se põe que as outras estrelas ganham coragem para brilhar.

É quando a escuridão me sorri que penso no meu sorriso aqui do lado.

Porque o sol queima e fere os meus olhos e no canto da noite as ilusões avolumam-se em rasgos de saudade mal disfarçada...

Estou longe, tão longe

Ontem tive um percalço no caminho da calçada, e deixei fugir o meu sorriso nocturno sem querer. Para onde? Mas porquê? Pior, para quê?

Há limites ... há limites para as piadas, há limites para as discussões e para os atrofios.

Tenho febre

Eu sou pior... eu sou tão pior nos meus atrofios. E assim se escapa o sol que não agarrei, mas que me tocou.

É de dia, as estrelas não brilham com medo de não se reconhecerem umas às outras na difusão amassada de luz. É de dia e eu não brilho... ontem também não dei um ar da minha graça ao luar.
Estou roída e só na repetição furiosa da amargura das palavras não medidas encontro descarga irritante de mim.
Orgulho, essa parede feita muralha de ar que nos separa quando nos observamos pelo vidro da mansidão enganada.

Tenho frio e aqueço-me nas tuas memórias ... até logo.


Paralelo

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Andamos em voltas rectas na mesma esfera... mas eu vim de outra esfera...
Percebo agora que as aguarelas não se fundem na vontade de quem brinca, mas de quem sente que o labirinto se adensa.

Think outside the cube...
Don't think at all... or if you do, remember,
Think outside the cube,
Inside there's only what you know,
Outside there's only what you fear...
Think outside the cube
Or don't think at all

Think of me,
but not only when i'm gone
Not when i'm inside
Think outside the cube


Saudades

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Tenho saudades tuas, meu amor, e não me envergonho de o dizer...
Estou ainda com dores de ti, ainda com revolta por não termos sido tudo o que podíamos ter voado... de estarmos de lados errados sem nos encontrarmos...
Meu amor, quando deixámos de ser nós para passarmos a ser tu e eu? Quando nos prendemos nas amarras feias do egoísmo e esquecemos que somos mais livres na mão um do outro?

Amor, quando deixamos de ter medo desta palavra, mais real que o nosso amor tão irreal?

(escrito na melancolia doce da ausência de mim ... sem medo de ti)


Sweet at daylight

3 gotas de arco-íris

Ontem era eu mas não era...

Gosto de andar sozinha na rua, a olhar o que me rodeia. Gosto de sentir o vento a passar-me pelo pescoço, ouvir as pessoas apressadas porque têm tudo para fazer. Gosto de pensar nessas alturas, e contemplar o mundo onde às vezes pareço que encaixo mais por favor do que por direito.
Mas não é mau. As palavras são eu, e eu sou as palavras.

Tive medo hoje, pela primeira vez, de que a minha máscara não fosse suficiente para aquele meu pedaço de mundo. Vinha no Campo Grande, meu refúgio das sabedorias alheias que por vezes são também minhas. Medo não das pessoas e das suas expectativas, mas medo da minha insuficiência crónica mental... e se eu não consigo acabar a tese? e se eu não passo na tese? e se?
Quero lá saber disso. Apercebi-me desta não querença no Campo Grande, enquanto esperava pelo autocarro, enquanto ouvia música e tentava não pensar. O céu cinzento é tão sorridente quanto o céu azul brilhante, e tão belo como as estrelas cintilantes e trémulas que vislumbro antes de deitar para beijar o azul da distância.

A minha romã calou-se de vez... percebeu que cumpriu o seu papel na sua altura, qual actriz que dá as suas deixas e se evapora porque nem sabe quando nem como voltar a surgir em cena.
Aqui e agora, uma voz distorcida vai ficando cada vez mais límpida. Aqui e agora, um abraço do meio do nada, nada te prende, nada te impede de voar. Só tu te prendes, mais ninguém. Aqui e agora não esperes pela noite para sentir. Sinto-me bem, mas confusa, mas então? Duplo, duplo, o envolvimento tem de ser duplo, duplo, duplo. Palavras minhas que tenho esquecido. Duplo, e eu não posso ser mais que uma. Estás bem, estás tão encantadora como quando não te vês ao espelho com medo do que te possa responder a tua imagem...
Em câmara lenta vou concordando, o autocarro não vai a abarrotar. Pela janela: renault azul, seat cinzento, opel branco, seat preto, pessoas, universidade, alvalade (sorriso enorme), e depois perco-me dentro dos fones. Abraço forte, roçando a minha testa com os dedos que não vejo, um beijo. Sorrio. Fica bem, eu volto.

Aqui e agora, sorrio. Porque sim, porque me apetece, porque a minha vida não é feita dos que não me amam, mas sim por mim e por aqueles que eu amo.


Bittersweet in the moonlight

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Hoje nem quero perceber, quero apenas sentir a areia do vento a bater-me no rosto e a fazer-me rodopiar por cima dos prédios que rasgam a cidade

Está calma...
A noite é interrompida
pelos varredores da rua que procuram acordar alguém vingativamente... ela não acorda, ainda nem adormeceu. Sonha viva com que a vida não lhe traz.
Há muito que não a via sorrir, e



a lua pensativa brilha um pouco mais alto da sua imensa brancura plena.

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Tanta coisa que queria dizer-te... Sabias que?

  • A minha cor preferida é o azul, ainda que a alma seja verde?
  • Não gosto de andar de saltos altos, ainda que me esteja a habituar?
  • O dia na faculdade me correu bem e isso quer dizer que há aqui um bocadinho de felicidade de algodão doce?
  • Gosto de peluches mas não gosto que me ofereçam rosas?
  • Tenho ataques de riso nas situações mais estranhas?
  • Adoro pipocas e partilhar pipocas?
  • Os meus olhos dizem mais que as minhas palavras, e não vês nem uns nem outras?
  • Sou a mais nova da minha turma, e isso me faz com que as expectativas dos outros pesem chumbo nas minhas costas?
  • Gosto de andar à chuva e sentir as gotas a escorrerem-me na cara?
  • ...
  • ...

Tanta coisa que queria dizer, a ti, ao mundo, à rua que me escuta aqui em baixo!
Tanto que queria saber partilhar...
Estou bem, estou bem... Sei que o lugar de tudo é onde está, sei que vês o mundo pintado com umas cores onde eu não encaixo.

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Está tranquila... está à espera. A lua sorri triste, tem sono, mas não quer partilhar a solidão.
Só mais um momento, ei-la! A rapariga esboça um sorriso, tímido. Está tranquila, está à espera, não sabe de quê. A lua sabe, mas não lhe diz. As estrelas sussurram entre si, e é um murmúrio tão suave que parece o mar a quebrar-se suavemente em espuma.

Vou dormir ... e esperar

Fiz uma pausa na escrita, e ela tornou-se densa e fugidia como tu. Gostava que tivesses visitado este meu olhar enquanto espero... sei que não esperas por aqui, que não lembras estas asas que ajudaste a crescer e vais cortando. Sei que sorris das poucas vezes que visitas estas linhas que não são tuas, mas minhas...
A minha espera é o teu alívio, e sorrio.
Neve humana, qual de nós?


Tinha de acontecer...

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Não foi a lua nem o sol nem o sangue, nem o suor...

Estou tão calma que me surpreendo, tão serena ainda que frágil pelas palavras que não censuro nem comento.

Senti um puxão suave no casaco... Hei, hei!! Voltei-me, e ela lá estava, pequenina, mas velha, muito nova em mim, mas eterna na Humanidade.

Então não se diz nada? Das tréguas que te dou, quando menos esperas? Vês...
Não vejo, apenas sorrio e lhe concedo a razão.
Ora minha pequena romã, do que te escapaste... de seres engolida pela minha amargura alcoolizada.
Lembras-te do que disse o Paulo?
Recordo... sempre...


Se eu não tiver amor, eu não sou nada

Minha romã atrevida, logo agora que estava tudo a ir tão bem! Suspiro, as nuvens enegrecem o pôr do sol que se espelha no rio.
Mas ela tem razão, na sua imortalidade humana. É sempre ela quem ganha...
Mas que pensavas tu quando me querias sufocar? Não sabes que não consegues fazer-me evaporar, como às vezes parece que preferias?
É, eu sei...

Já tentei oferecer a minha romã... mas ela sempre optou por me fazer companhia, voltou sempre para o bolso do meu coração. É sempre um regresso triste, cheio de lágrimas minhas e dela. Daí a minha zanga.

Sabes que desta vez ainda não voltaste bem para cá, não sabes? Sei. E ainda bem, estou mais livre, estou à espera... De quê? Não sei, que tu sorrias mais, se calhar.
Esperta, sabida...

É na tua invisibilidade que te trago comigo. É na liberdade que me dás que erro e aprendo.
Estou bem, porque não tenho pressa, porque do outro lado do arco-íris alguém espera por ela, alguém sorri e olha e vê para dentro de mim.

Lembras de quando eu era pequenina? Lembro... Eras tão impulsiva. E a romã sorri para mim. É um sorriso sem certezas, mas agradeço.
Já não preciso de certezas, o luar beija-me a face e pede-me que feche os olhos. Aquece-me a presença dos teus olhos.

Estou bem
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It has to start somewhere, it has to start sometime
What better place than here?
What better time than now?

Mike, sempre me iluminaste o caminho com palavras, ainda que não saibas, amigo, obrigada!!!


Eu vi, mas não agarrei...

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Ontem acordei de manhã a lembrar essa pergunta que não respondia porque sabias a resposta, e que não te perguntava com medo da tua resposta...

O que queres?

Hoje foi um dia complicado, estou exausta. Mas se soubesses o raio de sol que aqui brilhou quando chegaste... E a chuva que caiu depois.

Sombra?

Não percebo se estás triste, chateado, aborrecido, frio ou distante.
Sei que não estás naqueles dias cheios de arco-íris, e não sei como reagir, se reagir. Mas há um sexto sentido que me diz que agora sou eu que vou entrar em areias movediças. E tu já não estás lá para me abrir a porta.

Conclusão?

Mulheres... imaginação fértil e ilimitada. Será que o teu raio de sol te choveu? Será que as tuas cores do arco-íris se desfocaram de ti? É que se assim for, eu nem chovi nem desbotei, e só posso concluir que não sou eu (no fundo acho que já sabia, a minha romã chora agora aqui ao lado).

Eu vi, mas não agarrei... a tempo.


End of day 1

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Vacilo.


Sem me surpreender sequer... Adivinho-te esquecido de mim, ainda que não queira acreditar.
Hoje só a tua lembrança me recordou de mim, enquanto explodia de lágrimas ingénuas pelo afecto infantil de quem não sabe o que é doer e ser doído.

Revolto-me comigo mesma pela criancice desmedida de te tentar apagar, pela cobardia de não entrar em ti pela porta da frente. Nem entrei, e se o fiz, esgueirei-me pela porta das traseiras, pequenina para que nem me visses.

Tudo o que olho, ouço, sinto e cheiro me traz a tua existência. Percebi. Não és igual a mim, e és o que encontrei na escuridão do meu recanto aberto ao teu sol. Ainda bem que não és igual a mim, e que eu não sou igual a ti.

É este querer não te querer que me consome neste dia em que decidi não te procurar. Errada, como sempre. Foste tu quem não me procuraste, e a minha admiração espantou-me. Onde estás? Como estás? É quase o mesmo que perguntar onde estou eu para ti...

Medo... de ter explodido demais. De ter decidido demais. Sem ti. Estou bem sem ti quando sei que de madrugada me devolves o sorriso. Não assim.
Gostava de poder dizer que não te percebo, mas talvez até perceba... só não me percebo a mim. Sei uma coisa, tão certa como o meu nome e a minha existência...
respiro e avanço porque te penso.
Medo é fraco, revolta é branda. Fere-me mais a incerteza de não estares cá.

Olho para o copo e desvio-o. Apetece-me parti-lo em mil pedacinhos, pedacinhos de mim. Quero que a tua ausência amarga e imposta impulsivamente termine tão depressa como começou.

Pego nos meus receios, nas minhas fraquezas, neste vinho com sabor a dor, e sopro tudo para dentro de uma bola de sabão colorida. Vão pela janela, a subir a rua deserta, à espera que o vento as rebente bem longe. Se ouvires, vai à janela de onde olhas a lua. Eu continuo cá.

E aprendi. Se queres ir, vai. Se queres ficar, cá estarei para te ver... Tenho todo o tempo do mundo, como diz o Rui. Só preciso de saber, porque a dúvida estremece-me.

Mas diz-me.


Day 1

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O vinho foi servido ... pois que se beba ...



Bebi hoje o primeiro gole deste amargo vinho que é a ausência. Decidi-a eu, sem te perguntar, sem te justificar.
Tremia a minha mão quando ergui o copo, translúcido e embaciado do meu receio e da minha incerteza.

Romã R O M Ã
Desfio as palavras e acaricio as letras dispostas ingenuamente. Surpreende-me a fragilidade das palavras, ainda hoje.

Contei a partir de hoje, porque ontem ainda estiveste cá, não comigo, não aqui, mas dentro do copo. E eu a dizer a mim mesma que não te veria sufocar, que não te veria esbracejar, porque ao ver-te via-me a mim a esbracejar e a sufocar, e não quis o que quero hoje mais do ontem ainda.

ROMÃ, as palavras escorregam e deslizam-me nos dedos, numa súplica para as não deixar ir...

Como se fosse possível deixar-te assim, como um copo de vinho decidido porque sim e porque não. Bebo, e relembro "o vinho está servido, pois que se beba", e bebo mais, toldada não pelo vinho, mas pela tua ausência que decidi sem te perguntar.

ROMÃ, e sorrio às palavras

O sorriso doce da minha companhia diz-me para não beber, porque tu não tens culpa. Eu sei disso, e ainda me faz decidir mais forte, e bebo. Embacio-te nos meus dedos e no meu olhar de quem ri tão espontâneo como o ar que não sabe porque existe.

ROMÃ, à minha espera

Fraquejo, e as incertezas da indecisão decidida que tomei aceleram-me o coração, e pouso o copo. Abri os olhos cedo de mais e vi-te.


Walk a mile (in my shoes) - correcção, desculpas, enfim ...

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O puto não tem culpa... aliás, nunca teve...
Ontem roeu-me ao deitar a dor de estar a ser profundamente injusta para com o puto.
O puto tem uma paciência desgraçada para quando eu estou de mau humor. O puto vai sorrindo quando deste lado só encontra perguntas e explicações que não tem nada de dar...
O puto é lindo. Não é, mas podia ser. Lembro-me de uma fotografia dele tirada não sei para quem em que está com uma cara tão doce.
O puto é doce e fanfarrão, eu sou amarga e rezingona.
E por isso fui injusta. Porque nunca o puto teve culpa.




Fui deitando abaixo as muralhas, é verdade, mas só para construir umas ainda mas apertadas. E com uma porta de entrada cada vez mais estreita.

O puto não é cruel, cruel sou eu com ele e ele não sabe. É assim que me vou matando outra vez. Gosto do puto, nem tanto de mim...

O puto é engraçado, é cómico, mas eu não sei aproveitar. Não é por levar as coisas demasiado a sério, é por querê-las e não as saber dizer.
Não é só com o puto. Não fosse eu especialista e perita nestas coisas e tudo me passava ao lado. Mas sou e agora consigo reconhecer sintomas e traços e comportamentos que tudo associado dava um rótulo. Não o digo, não me apetece, muito menos hoje.

Bom, puto, desculpa lá. Obrigada por ires levando com os meus embates. Lembro-me do Planeta dos Macacos do Tim Burton e do videoclip do Take on me dos A-ha. Em ambos alguém (um macaco e um boneco de banda desenhada) se atira contra um vidro. Conseguiram parti-lo. Espero também conseguir.

O vinho foi servido, pois que se beba.
A rota foi traçada, pois que se cumpra.
(mais que o monstrengo que a minha alma teme, manda a vontade que me ata ao leme)

Ia-me esquecendo, Feliz dia de S. Valentim (e isto é escrito com um sorriso)


Walk a mile (in my shoes)

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Dia 14 de Fevereiro... dia dos namorados
Tudo são corações e beijinhos e pétalas e amor...

Detesto o medo dos outros, sobretudo da única pessoa que me faz sentido pensar em ter aqui.
Não gosto de ironia e piada misturadas, porque me dói saber que o que eu sinto é solidão e que do outro lado, o tal lado sempre errado do meu coração, se ri escarninho desta dor que escrevo.

Se ao menos ele não soubesse, ainda podia perceber... Feliz dia de S. Valentim???
É bom saber que é disto que eu gosto... é por isto que o meu peito se aperta e o meu corpo deixa de me obedecer... é esta a merda de pessoa que sou?
Queria acreditar que não. Queria saber e sentir que não, que estas são as estranhas formas e leis da atracção entre nós.

Estou à janela, fumo um cigarro roubado porque os meus acabaram entretanto. Estou à janela, que lua impressionante que entre as nuvens a adivinho.
A lua chega de mansinho, como quem ri e beija quem hoje não se sente feliz, quem hoje tem de sentir que não vai estar com ninguém porque todos têm cara metade.
A minha diz-me que vai arranjar par... Que piada! Que sensibilidade! Que carinho respeitoso por mim!
Acendo outro cigarro... e penso que o meu cabelo é estranho... se ao menos fosse só o cabelo... o fumo fala-me, troça e confunde-me.

Espero que estejas feliz seja lá como for... porque hoje eu não estou! E desconfio que isso leva um sorrisinho gostoso aos teus lábios. Faço minhas as tuas palavras: tristeza...


Obrigada sorriso de lua cheia

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À minha ninfa pessoal e particular, pelo seu sorriso constante, pela sua luz de presença e carinho quando eu não mereço...
Por me mostrar que as ocasiões fazem os amigos e que é bonito o rio nos olhos dela.
Minha luz de cabeceira e meu sol positivo como o seu espaço.
Sorriso havia de ser o seu nome, e carinho o seu rosto.

Obrigada pelo ensinamento constante de que não são precisas todas as palavras para me fazerem sorrir assim.


Joke

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Dia mau, muito mau, mesmo ...
Estou a escrever e mal vejo o écran ou as teclas, não reconheceria a minha imagem no espelho, não veria nada a não ser cloreto de sódio líquido.

Não fui às aulas... so what? What for?
Sou uma teia que não termina e não está orientada, a dona aranha enganou-se e esqueceu-se de mim.


Arde quando estamos em carne viva. E quando estamos de alma morta?
Mas como? Olho e vejo, escuto e ouço, mas nada hoje me faz sorrir verdadeiramente, só esboços complacentes.
E quando me ouvem e olham, passa tudo ao lado. Nada me encara, ninguém me vê, ninguém me escuta, porque eu não sei deixar ...

Peguei na guitarra (finally!!) e pus-me a fazer não sei o quê... só me lembrava de piadas começadas e saídas do controlo. E assim lá arranjei alguma coisa para trabalhar, para dar sentido a esta coisa peganhenta que está a ser a minha vida. E cola de má qualidade, ainda por cima. Só cola as merdas, e os risos vão-se, com ecos trocistas e piadas fáceis (SIM, FÁCEIS, MAS QUE ME FAZEM FALTA, o que me desconcerta).

Que se foda... Choro, e choro aqui mesmo, e cai-me tudo, e dispo-me de medos e convencimentos, e fico só eu assim, uma merda. Uma merda cor de laranja e verde, um vomitório sem fim, que me asfixia, mas sou eu! Não sou, mas sinto que sim, que sou esta pele viscosa que me encerra.
O outro lado do arco-íris ri-se de mim.Está escondido, sei lá onde. É o meu eu criança e leve. Também sou eu, é verdade, mas estou tão longe de mim.
Aqui e agora, só uma diarreia de mim, uma lágrima a seguir à outra.

O puto a rir. O puto a gozar, o puto a sair, o puto a virar costas, o puto a jogar, o puto a sorrir, o puto a olhar (e a não querer ver). O puto a fazer perguntas do que não quer saber, o puto a não dizer, o puto a dizer tudo trocado, o puto sem perceber que dói, o puto a recuar depois de avançar na areia movediça que sou eu. O puto, o puto, o puto.

E eu a olhar para o puto.


E o meu blog é estranho?

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Li isto e acordei... porque à noite tinha ficado acordada pela surpresa da humidade quente nos meus olhos.
Parabéns por terem ganho...
(sem link este post não faz sentido, é como eu vista de longe)


Porto (in)seguro

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Ei-la!!! A minha 3ª casa!!!
O reduto da minha sabedoria e da minha estupidez...
Sete (sete!) anos volvidos e ainda venho cá com um sentimento de pertença indefinível.
Gabinetes escuros, corredores labirínticos, um lago com patos existencialistas, sol a rodos, alunos e alunas (eu lá no meio), é esta a nossa vidinha ridícula.

Refúgio mental na mesquinhez de mentalidades.
Solidão empedrada e mascarada.
A minha vida não é isto! É?
Merda para a inteligência que Deus me deu... alguém quer para a troca? Aceito cartão multibanco de sonhos e afectos.
Cara de miúda... hoje um colega disse-me que eu era racional. Eu? Nah! Só quando não estou a dormir. Só neste refúgio de intelectuais.
Por acaso nem é tão verdade como isso. Disse antes e repito, acho que sinto é demais.
Penso demais, sinto demais...

Tenho fome de mais... ou de menos, estou cansada de ser e ter de ser isto.
Adiante... amanhã é dia de aulas e há cerveja para beber antes da aula.


É favor emendar...

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Não gosto de me sentir pressionada
Não gosto de falhar
Não gosto de estar só
Não gosto de ser avaliada pelos outros
Não gosto de afastar as pessoas de quem gosto
Não gosto de perder
Não gosto de haver pessoas que não gostam de mim
Não gosto de expectativas
Não gosto que os outros conheçam as minhas fraquezas e percebam que sou eu, só assim, sem mais nada...
Não gosto!!

ERRATA: onde se lê "Não gosto", leia-se "Tenho medo"...


...

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Há tantos anos, sempre cá esteve... sempre me descreveu e me ensinou que existe uma beleza sem explicação no sofrimento de quem ama...

Sem mais palavras...

Sheets of empty canvas, untouched sheets of clay
Were laid spread out before me as her body once did
All five horizons revolved around her soul
As the earth to the sun
Now the air I tasted and breathed has taken a turn
Ooh, and all I taught her was everything
Ooh, I know she gave me all that she wore
And now my bitter hands chafe beneath the clouds
Of what was everything?
Oh, the pictures have all been washed in black, tattooed everything...
I take a walk outside
I'm surrounded by some kids at play
I can feel their laughter, so why do I sear
Oh, and twisted thoughts that spin round my head
I'm spinning, oh, I'm spinning
How quick the sun can, drop away
And now my bitter hands cradle broken glass
Of what was everything?
All the pictures have all been washed in black, tattooed everything...
All the love gone bad turned my world to black
Tattooed all I see, all that I am, all I'll ever be...

I know someday you'll have a beautiful life,
I know you'll be a star
In somebody else's sky, but why
Why, why can't it be, why can't it be mine

Já percebi que sou feita de pedacinhos das estrelas dos outros... e esta música arrepia por ser eu...


Quando a vertigem de um abismo me consome

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Mel e canela são tons doces que me afagam. Falinhas mansas cercam-me por onde não espero, vindas da página em branco que não foi escrita a tempo pela mão forte e segura que prende a folha e a caneta para hesitar depois.
Chocolate derrete e fica pegajoso na minha mão pequena e fria como sempre... mas é o vício de estar perto através das pequenas coisas. Gostar é a melhor forma de se ter, passo o plágio ao Nobel português que leio e releio sem fim. É assim que partilho os momentos, em gestos não vistos e sons não percebidos. Em risos mal disfarçados e mundos que se tocam para em seguida se afastarem ionicamente - cargas iguais repelem-se. Somos iguais, e quebramos os dois no momento do abraço. Na hora de tocar, de sentir, de deixar ir, de trocar as barreiras por partilhas... não temos leme, ou não o reconhecemos em nós? Estamos sozinhos na noite, rumando no mesmo sentido, no mesmo escuro, juntos assim, perto, mas nunca rompemos a saudade...

RFM, a minha companhia, traz-me o circo de feras em directo de Vilamoura... para quê? Já o tenho aqui... Nove horas de distância ou mais me separam do espaço que não é meu, mas também é, que podia ter sido, e que até pode vir a ser! A América mesmo ali ao lado, tão mais de perto!
(quero-te tanto, oops, estou a repetir-me)


Ouço o sexta-feira 13 em directo neste momento... (13 = 3-1, e também a 1-3)


De sorrisos e "conversações" alienígenas

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Xadrez e nunca me esqueci de ti. Nem em dados a probabilidade é tão mínima.
É curiosa a mansidão da espera e a fúria da ânsia que não age.
E depois, do meio do nada, cego pelo fumo, um plim, um tarara... e a surpresa do inesperado a convidar ao passado.

Mas não... o meu sorriso vai para a constância das minhas noites. O meu corpo fugaz refugia-se nessa noite que se ilumina e clareia toda a cidade nas paixões não faladas que nos unem tanto quanto nos afastam. É assim que a saudade se define, asfixia-me ao mesmo tempo que me dá ar.

O meu ego ri-se quando o passado me vem visitar, não há dúvida. A minha imagem no espelho refresca-se nas palavras bonitas que me diz quem já teve a oportunidade de ficar aqui neste espaço vazio e não se sentou. Tarde chegam os elogios, tarde chegam os convites, tudo tarde.
O meu presente hoje riu-se de e para mim. E foi-se embora, sem mim e sem pensar em mim.

O amor tudo espera, tudo suporta... e eu sorrio por não chamar amor a isto que me rói. Não chamo nada, não me perco em palavras. Amar? Amor? Pesa-me a palavra, é feia porque tem muitos pontos e vírgulas e implicações.
Espero docemente, livremente, estando aqui e pensando no longe que se faz perto de cada vez que o plim e tarara inconfundível, que sendo igual a tantos outros, me diz que este sorriso da alma é mais forte que o riso maroto do ego.

Fiquei bem... é bom sorrir mesmo sem espelho!


The sun still shines

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Estou a ouvir Sinead O'Connor na RFM
Nada se compara, mas também não quero comparar.

O sol nasceu ontem à noite... quente como há muito não me acariciava a pele e o rosto. Fechei os olhos e guardei comigo a luz e o quente da memória do presente.
Acordei incrédula do que se passou, o luar do dia distante apedrejou-me com força e tombei.
Lentamente me apercebi que alguém trouxera o sol, e rapidamente o levara. Mas foi como respirar ar puro numa cela viciada em exofre e podridão. Enchi os pulmões, abasteci as reservas que se haviam esgotado tão depressa como as de esperança.
O conforto acompanhou-me na chuva em que me perdi, durante a espera pelo autocarro com destino trocado. Aconchegou-me quando todos se debatiam em fúria desenfreada para chegar às suas vidas desencontradas de si mesmas.
É um calor inconstante, tenho de ter muito cuidado para que o sol não se ponha.
Sol é calor é azul é amor é tudo é dar...
E o meu sol está longe mesmo aqui ao lado.


Frio (e o meu sangue é vermelho)

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É... são sempre as mulheres de e da tanga que levam a melhor!
Eu estou vestida, mas tenho um frio imenso no coração, frio de ver outra pessoa aquecida pela lenha que podia ter sido minha, pelo lume que me consome sem saber ou sem se importar.
Não estou a brincar, sou igual por dentro, sangue escorre e sal rasga cá dentro. E essa fé cega que o guia afasta-o de mim.
Porque atravessei a estrada? Porque não parei para dizer olá? Mas, e se o tivesse feito? Para quê? Mudaria alguma coisa? Algum movimento dele? Não.
Tenho querer do mais que não existe, e o meu frio só se conforta no frio que ele me deixa... não vale a pena atravessar para o lado onde só o nada me resta.
Não tinha de ser assim, queria que não fosse assim, mas é, e só o olhar dele chega para que o meu se perca e desfoque enevoado de saudade.
Leio alfabetos que não existem no olhar que não me deita, e escrevo as cartas que não me dirige nessa língua que só eu sei. Fogo e noite, é onde estou e onde ninguém surge para me resgatar do abismo que me cerca.
Estou eu... só, mas sou tudo o que há em mim. Gosto tudo de ti, mas não me posso perder de mim.


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