Não te percebo, não, nunca te percebi... como me podes fazer duvidar de mim e das muralhas onde me encerrei para ficar sózinha a ver as estrelas passarem por mim?
És a criança que há em mim e que sufoquei por não enquadrar, que escondi com medo de ser apanhada... e agora é em ti que vislumbro os meus reflexos e quase não os reconheço.
Fazes-me falta, fazes-me rir e chorar ao mesmo tempo, estremecer e acordar para um sonho estranho, cinzento, sombrio e colorido... és a parte que não encaixa em mim e que descobri que sempre fez falta. Tu ou eu? Tu e eu? Estranho, lógico, irreal, sem resposta. Não sei, e tenho medo de querer saber.
Obrigada, por não saberes o que me fazes e me fazeres isso mesmo...
Desculpa por não to conseguir dizer sem me refugiar em mim e nas muralhas dos anos velhos.