Ódios de estimação

2 gotas de arco-íris

Seguindo o desafio da , seguem-se seis (são tantas e tão poucas!) coisas que odeio. O que envolve um certo preâmbulo, odiar é muito mais do que simplesmente não gostar, é aquela sensação de que todos os músculos do corpo se revoltam e entram numa espiral de náusea. Eis os meus ódios de estimação, por ordem aleatória...

Coisa 1 - Coisas gelatinosas... textura de gelatina, de pudim, de ovo cozido e afins, tirando gomas. Repugna-me, visto em miúda ter comido duas taças (taças, não tigelas!) de gelatina seguidinhas. 

Coisa 2 - Escarretas... mais concretamente, as pessoas que escarram no chão, com aquele ruído rrratchuuu. É nojento, é mal-educado, é visceralmente hediondo. 

Coisa 3 - Dormir pouco. Claramente porque não me consigo deitar cedo e detesto acordar cedo. E porque o meu organismo precisa de dormir muito. Muito, mesmo muito. Mas assim mesmo muito. 

Coisa 4 - Violência. Eu se fosse homem tinha evitado a tropa por objecção de consciência. É de uma hipocrisia existencial, apesar de ser uma herança da espécie.

Coisa 5 - Adeptos fanáticos e irracionais. Não simplesmente fanáticos, porque isso conheço muitos e bons. Mas daqueles que ah e tal era penalty quando a bola estava no meio-campo, daqueles que não dão o braço a torcer, daqueles que ficam amuados e se enrolam no silêncio. Daqueles que dá vontade de dizer que há muito mais na vida além da bola, do cesto, da raquete, seja o que for.

Coisa 6 - Dinheiro. Ou o que o dinheiro consegue fazer às pessoas. Ou o que as pessoas conseguem fazer por dinheiro. E não me alongo...

Não passo o desafio a ninguém, eu nem sou de fazer estas coisas. E, vistas bem as coisas, não odeio assim tantas coisas como isso, estive aqui a matar a cabeça para escrever estas quantas linhas...


Ainda

0 gotas de arco-íris

... me lembro que cair pode ser o passo que faltava para o estender de asas. Curiosamente é quando menos espero que menos me dói fechar a tua porta. Porque erraste. Faltaste. Perdeste a tua derradeira oportunidade. Não mais te chamarei meu amor, nem mais te sorrirei em sóis. 

Agora voo, sem cordas. Nem trapézio nem rede. Como sempre, perdi-te na maré. Eras tu o meu chão, eras, eras, e não o voltarás a ser. Se não há carne o coração não come nada, e podíamos tê-lo ouvido juntos. Eras. Agora serei eu o teu chão. 


21 things i want in a lover

2 gotas de arco-íris

Parece que dói. A noite faz sempre doer um pouco mais. Não me atrevo a pensar porquê, mas constatei-o ontem, enquanto me atirava de cabeça para o norte. Onde de facto, a água é mais fria. E salgada.
Quando acordo parece mais fácil. Quase parece que não é nada, quase que sorrio e me sinto como se fosse o primeiro dia da minha vida... quase a entrar em palco para o grande solo que apenas eu consigo ver. E de noite, o medo do palco, os suores entranhados na pele e eu a não ser eu.

Sempre pensei estar presa às portas verdes de sorriso encarnado. E pensei e senti, o fôlego a atar o meu coração a essas portas cheias de nada. Mas um nada tão pleno e perfeito que é feito de tecido de faz-de-conta, é o nosso irreal, onde só o nosso amor conta, mas amor, ele não existe.
Então pensei que me tinha desatado. Para me atar e matar de vez. Não aprendemos com os nossos erros, meu outro amor. Se aprendessemos, meu outro amor, não nos tínhamos feito assim. De distâncias. E carne.

Assim, amar o azul e o vermelho é amar o sol e o mar, sem nunca tirar os pés do chão de cimento. Que é frio.

Eu já tinha decidido ser feliz para sempre ... e era algures onde tu estás.


I can't

0 gotas de arco-íris

Apetecia-me fugir para dentro de alguém. Precisava de ficar dentro de alguém apenas o tempo suficiente para mitigar a falta que não queria que fizesses. O espaço é curvo. Daqui a seja onde for que estejas, é longe demais, mas no fundo, quem se perde sou eu.
Descalço-me quando saio para a rua à tua procura. Cada vez mais noto que me procuro a mim, num qualquer corpo. Meu, ou de qualquer outra pessoa. Descalço-me para ferir a pele, deixar a carne romper-se. A dor física não pode ser pior que esta fuga. Para a frente, sorrio da primeira vez. Para trás, murmuro eu ao fundo de mim.

(De que foges? Ouço a pergunta como se pela primeira vez a fizessem. De que foges, onde regressas? Para quem, para quê?)

Não consigo. Não consigo, por mais que fuja ou corra, por mais veloz que o meu vento seja, por mais forte que soe a minha voz. Não consigo. Cada passo que dou, caem no chão pedaços de mim, e eu, de tão apressada que vou, não páro para os apanhar e devolver ao meu sorriso. Então piso-me, de cada vez mais, de cada vez tenho menos, de cada vez dói um pouco mais, de cada vez sobra um pouco menos. Mas continuo a correr, para longe de mim. É de mim que fujo, é para mim que regresso. É a mim que quero esquecer no fundo dum poço. Onde se rirão mais tarde, era louca, demente, a pobre coitada. 
Era. 
Sou.

Apetece-me fugir para dentro de alguém. Apetece-me sufocar dentro de alguém. Já não tens rostos para me dar, és apenas uma ausência que se fez perda. Eu sou a perda. E se preciso tanto de ti para reconhecer a luz, é porque és, em verdade, apenas sombra.


[Estou cansada. Não quero escrever, não quero pensar, não quero continuar a saber, não quero nada verdadeiramente. Só desnascer. Hoje soube o que já sabia há muito tempo... o meu número é zero]


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