Em suspensão

2 gotas de arco-íris

Não que me faltem palavras ou motivos para escrever. Muito pelo contrário. Precisamente por saber o que de mim aqui derramo, decidi suspender este espaço. Não é um fim, nunca vês o fim, diz ele e eu acredito. É uma repreensão que me faço, um tempo que me dou para me dedicar aos meus outros espaços virtuais e, sobretudo, aos reais. É um até um dia, que tanto pode ser amanhã como um outro qualquer ...

Não me parece justo (sorriso) encostar a porta sem dedicar algumas palavras a quem acompanhou este espaço ou a ele esteve (está) ligado.
Ao Tiago, por me ter lembrado que existem chagas para nos lembrarmos do fim quando o mundo não é feito para nós e por me ter feito acreditar nestas palavras.
Ao Rogério, por me ter demonstrado em longas horas nocturnas que a dor de escrever é a dor de amar, e que amar vale sempre a pena, bem como escrever as palavras certas em maiúscula quando elas assim exigem.

Outras duas pessoas marcam o pseudo fim deste espaço. Uma chama-se Amizade, a outra Distância.
À Amizade fico a dever um abraço que talvez me falte a coragem de dar por ter acreditado que o frio pode ser apaziguado por fogos fátuos. A Distância é isso mesmo, distância pura e dura, que me cala pela frieza unilateral.

Ignoro o sal que cava um abismo entre mim e a Distância. Não tenho vocação para despedidas, por isso repito as últimas palavras que lhe ouvi.



Vou-me embora


Aconteceu

2 gotas de arco-íris


Só pra dizer que te Amo,
Nem sempre encontro o melhor termo,
Nem sempre escolho o melhor modo.

Devia ser como no cinema,
A língua inglesa fica sempre bem
E nunca atraiçoa ninguém.

O teu mundo está tão perto do meu
E o que digo está tão longe,
Como o mar está do céu.

Só pra dizer que te Amo
Não sei porquê este embaraço
Que mais parece que só te estimo.

E até nos momentos em que digo que não quero
E o que sinto por ti são coisas confusas
E até parece que estou a mentir,
As palavras custam a sair,
Não digo o que estou a sentir,
Digo o contrário do que estou a sentir.

O teu mundo está tão perto do meu
E o que digo está tão longe,
Como o mar está do céu.

E é tão difícil dizer amor,
É bem melhor dizê-lo a cantar.
Por isso esta noite, fiz esta canção,
Para resolver o meu problema de expressão,
Pra ficar mais perto, bem mais de perto.
Ficar mais perto, bem mais de perto.



(e era só isto que queria conseguir dizer sem me sentir indefesa)
não me apetece escrever palavras ordenadas e bonitas
não me apetece escrever
quero dizê-lo


Gosto de brincar com o fogo

0 gotas de arco-íris

(diz o mestre)


Mordo os lábios até sangrarem, só para sentir quente. Entro em mim e desdobro-me até à potência máxima. Encontro-me nessa essência metamorfoseada. Há muito que assim não me despertava a fúria, sou um chicote e as costas que vergasto até escorrer vida também são minhas.

Cavo um círculo na terra molhada e deito-me lá dentro, a lamber feridas. Cuspo fogo, queimo a garganta, esqueço-me que sangro lava. Perco a minha mão direita enquanto a enterro na frescura da areia. Revolvo-me, encontro-me, mas não me apaziguo. Há qualquer coisa em mim que quer sair, quer jorrar para finalmente deixar de conter toda a terra que me engole.

Implosão, explosão, que diferença faz? O resultado é o mesmo e solitário ...


* talvez quente sejas tu *


Julho e Richard Bach

1 gotas de arco-íris

Só me ocorrem duas coisas ...

--> ISTO <--

e não há longe nem distância ...


Décimo terceiro

2 gotas de arco-íris


Abre as asas, diz-me ele enquanto se abeira de mim. Curioso como cada vez me parece mais novo e sereno. Senta-se ao meu lado e cruza as pernas. Calmo e despreocupado. Traz uma bola cintilante e põe-ma na mão. É quente, e tão macia que parece de cetim líquido. Sabes o que é?, pergunta-me na mesma voz doce de sempre. Não, mas suspeito.

Mostro-lhe as minhas cicatrizes e os reflexos do meu sorriso. Uns enormes olhos riem rasgando o ar. Sorriem de ternura enquanto um ligeiro toque sara todas as dores e refresca todos os ciclos viciosos e enganosos. Onde estiveste? Aqui, a ver-te, diz-me enquanto me apercebo da sua verdade. Gosto de me encostar no seu ombro onde cabem todos os tormentos e onde todos encontram conforto. Gosto de me perder nos seus olhos que amam e abraçam todos os meus defeitos por sacrifício das minhas virtudes. Gosto de o ter a meu lado na invisibilidade da sua presença. Devolvi-lhe a esfera, agora um pouco maior. Cheirava a sorrisos e a calor. Ele pegou-a gentilmente, rodou-a e abriu-a. Olhei e sorri como sei que nunca ninguém sorrira antes de mim. Renasci sem me ter apercebido que tinha morrido.


Eu fui (onde tu foste), e segui-te (além de toda a distância e de todo o tempo).


Probabilidades e possibilidades

1 gotas de arco-íris

Podia ter sido, podia ter acontecido. Mas nunca te vi aqui. Só me sinto uma corda no meio da multidão, onde te pudesses agarrar antes das pessoas te engolirem.



Não foi a mim que agarraste, foi a uma qualquer mão que te apareceu no raio de visão.

E desdigo-me...


Good things come to those who wait

2 gotas de arco-íris

Sorrio. Tanto. Tenho luz em mim, presa ao pulso, é quente e cheira à terra dos sonhos. Onde nos encontrámos. Sabes que guardo de ti toda a lembrança que o meu corpo permite? Conto-te antes de dormir, para saber se não me falta um único pedacinho de ti.
É como se montes e vales e quilómetros, cento e cinquenta e dois para ser mais precisa e lúcida, não te separassem de mim. É como se nunca te visse partir, enquanto houver cheiro a terra dos sonhos e o meu pulso se sentir abraçado.

Sorri, ela. Malandra e marota. Traz o arco-íris vestido e um sorriso tatuado na minha mão. Cheira a ti, a minha pequena romã. E tem ouro no cabelo e azul no olhar marejado de partidas. É tão bonita como há muito não a sentia.

Amo-te tanto e dói tanto. Saem as palavras sem que as diga. Schiuu, amor, deixa-te dormir aqui. Gosto dos teus olhos tranquilos. Vamos dormir, temos de bilhete para a terra dos sonhos esta noite.


Paro para te ouvir

1 gotas de arco-íris


Castanhos ...

São nossos passos. Castanhos, doces, à espera do fim. Que teima, queima, magoa, insiste e mata. Aos pedaços, esfola e enferruja a dobradiça do coração.

São também castanhos os nossos momentos. Entre pestanas e cócegas, a aprender a dança dos abraços. São os mares de tudo que fitamos quando nos cruzamos num olhar que nada mais precisa, persiste apenas no reencontro, e é um olhar também castanho e doce. Trago-te assim, junto a mim, dentro da minha mão aberta que esperou para se fechar, esperou o teu sim nessa certeza dura de quem sabe que é de sal a estátua que farão de nós...

Mas é vermelho o sangue que pulsa enquanto todo o corpo petrifica. Há palavras que surgem no momento exacto, saídas de uma qualquer boca e acompanhadas por uma qualquer melodia. E dizem o que os olhos já tinham escrito a fogo num cantinho cada vez maior do lado esquerdo que fomos conquistando.


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