What I had to do ...

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Não merecíamos...
Não merecia o sorriso que me surpreendeu quando te agarrei. Pedra no sapato. Cicatriz no pulso, corda no pescoço. Terás estes e outros nomes enquanto viveres colado a mim. Dentro de mim, sobeja a tua eterna não presença.
Como gostaria de te arrancar do meu presente. 
Não faz sentido um sorriso ameno quando me dás tanto mais. Perdoo-te eu, amo-te eu. Os outros não sei. Talvez me esquartejem quando fugir para dentro de ti. Onde voo. Onde sou eu, tanto mais eu. Cada vez mais eu.

Não merecíamos ... ter de provar a ternura ao longe. 


Once upon a time

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... 
23/5/2000
04/9/2006
08/6/2007
i did ... what i had to do 

Pouca gente há-de entender esta relação com esta banda ... acho que nem eu entendo bem ... Mas rever o concerto deles no Atlântico fez um aperto cá dentro ... Não vale a pena tentar escrever. Sobrepõem-se às minhas palavras.  



Wishlist

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De repente o estar só não pesa. Compreendo que nunca poderia estar verdadeiramente acompanhada enquanto por aqui vagueares.
Aqui? Aqui não sei onde. Mas o certo é que a cor do teu vinho me traz um sorriso. E que as tuas palavras não caem inertes. Mordem-me as orelhas e entranham-se na pele.

Ficaste sempre, no eclipse. 
Mas nunca cá estarás realmente ...


Das indecisões

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Fugir? Ficar? Perder, ganhar? Perder, encontrar? Ficar, perder, fugir, encontrar, ganhar, respirar, mudar, equacionar, renascer?
Arrancam-me os braços em cada encruzilhada. É hora. Decidir se me incinero ou se me afogo. Em qualquer dos casos, levo o medo comigo. Para aprender a olhá-lo nos olhos. Para o asfixiar. Fazer-me forte e sentir-me inteira. Amar cada pedaço do céu desta cidade antes de partir. Sentir o medo pulsar em cada veia, mas saber que se o medo faz parte de mim, eu faço parte dele. 
Fugir? Ficar? É hora. Sem prós nem contras reais, chega o sopro da decisão. Provavelmente da despedida. 

Sempre o medo de perder ... mas perder o quê?


Could have been something ...

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Deram-me a inteligência ... para quê? Para perceber o quê? Entendo e compreendo abstracções, mas vivo e sinto a tangibilidade do abismo em mim. Não compreendo e não entendo este vazio histórico. Penso, repenso e trituro horas a tentar entrever a explicação para o mesmo. Nada. 

Tudo se perde no momento do olhar. Aquele olhar em que se perde a expressão, e se compreende que o outro sabe o que nós sabemos, e se assume uma espiral de saberes sobre os saberes do outro. E nada há a dizer. Nenhuma expressão do rosto é suficiente para traduzir toda a dor de, mais uma vez, ver a espiral tornar-se cada vez mais nítida. Apenas o sentimento de que houve um algures no passado em que o rumo poderia ter sido outro, podiam ter sido outras as mãos a segurar nessas mãos que me fazem falta. 
Esse olhar ... repetido até quando? Não dói menos só por ser repetido, não nos tornamos imunes à frustração, não ficamos mais fortes, apenas mais dormentes, ocos e opacos. E apenas nos restam os momentos em que as lágrimas adormecem na nossa almofada. Podia ter sido... mas houve um qualquer momento ou segundo em que alguém se tornou mais brilhante. 



Ainda me alteras os passos se te vejo passar... quase 


Não

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Canso-me desta ausência. Respiro saudade e é por ela que persisto. Trazes a luz adormecida dentro da tua capela. Eu deixo-me ficar, presa às paredes nuas e frias. Saio quando entras, e o sorriso foge-me dos lábios, roxos de tanto os morder, feridos de tanto os rasgar. Quase diria que o meu sangue escorre frio para o chão, sem calor, não fosse a vividez do meu vermelho. Não sorrias, não vale a pena. Não quero! Quero entorpecer a mente e o corpo, libertar os músculos e largar-me, pesada, em posição fetal.
Repito, repito, e agora? Ver e rever, olhar o teu rosto no espelho fosco da tua cara, e soltar um bom dia ou boa tarde ou boa noite, quando já não me apetece. Não fui eu que fiquei, resta-me o de sempre, não te ganhei. O de sempre. Azar para a de sempre, que sempre se faz história, corda, forca. 
Volto para casa. A minha casa. O meu casulo tecido a sós. Sempre. Neste sempre nublado, onde só chega quem tiver a chave nos olhos. Não. Nem isso. Afinal não sou um casulo, sou um túnel, e apagaste a luz que vislumbrei ao fundo.

(foto by Zé [do Monte])


Sempre depois ...

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Aqueles ali ao fundo estão aqui por minha causa. Sempre pensei que fosse morrer num dia surreal, talvez de nevoeiro fosco ou de céus estranhamente coloridos. Mas não, nem a morte me concedeu tais dotes. Parece que morri num qualquer destes dias, em que ainda julgava que tinha a vida pela frente. Parece que nem reparei, parece que os meus pareceres se esbateram, e já o mestre dizia que as certezas são mais caras do que as opiniões.
Aquele homem cavado que tem ares de cientista louco é o meu pai. A mulher ainda mais cavada ao lado, é, por consequência, a minha mãe. Ambos velhos e gastos. Ambos sós. Custa-me vê-los olhar para o meu caixão e saber que ficaram, definitivamente, sós. Um, só na multidão, uma outra, só dentro de si. Acho que estiveram sempre sós, e que sempre quase o souberam. 
Estranhamente, não me lembro do dia em que morri. Não vejo mais ninguém. Sei que terá havido espanto aquando da pretensa notícia da minha partida, mas o espanto não é dor, e nada nos fere mais do que saber que não somos suficientemente importantes para alterar uma vírgula do dia de alguém. Vi abraços dados entre as pessoas, cada uma a lamentar-se, mas ninguém a lamentar-me a falta de sorte e de vida. Em verdade vos digo que não me matei, mataram-me e eu deixei. A vida matou-me, ao que parece, porque nunca fui adepta da violenta. Agora, tanto me dá. Na verdade, há já muito tempo que o ar se tornou irrespirável e talvez tenha morrido asfixiada, como os meus sonhos. 

[...]


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