hurricane 1

0 gotas de arco-íris

... intrinsecamente enches-me o peito de frases que me arrepiam vindas das profundezas da tua espinal medula...

[trago o corpo cheio de copos velhos, foscos e manchados de baton. algures no fundo de um deles afoguei-te, sem sequer me despedir. noutro qualquer dia juraria a pés juntos e mãos atadas que o céu se abriria em infinitos clamores quando te fechasse a porta, que a terra cavaria sulcos nas estradas que sempre nos separaram. provavelmente, ouvir-se-iam sinos longínquos e majestosos, trombetas celestiais e uns quaisquer portões dourados ecoariam o seu fechamento.
mas não.
por vezes assomas à janela da lembrança e não evito um sorriso velho e cheio de ternura, o sorriso "e se", "e se tivéssemos sido?", mas não há qualquer réstia de desejo ou ardor. não me queimas a pele e a voz não sufoca por te ver e te sorrir. nessas vezes, pareces-me um pássaro chilreante suavemente aconchegado no meu ombro, cúmplice. partilhámos tanto sem o dizer, e brilhámos tanto sem que nos vissem.
o dia em que fechei a tua porta e passaste a visitar a minha janela veio naturalmente. sem cheiro particular ou amanhecer diferente. simplesmente aconteceu. alguém entrou e o teu lugar estava vago. pediu licença e eu acedi, seduzida pela certeza de que havias partido há muito. até que percebi que sempre estiveste na janela, a tal janela da mentira que um dia me fez amar-te.
copos velhos, de onde saem ainda os cheiros que te adivinhei de noite. cheiram a saudade quente e a cumplicidade]
... intrinsecamente, a minha mão grita pela tua e conhece o teu toque, decorou o teu cheiro e perdeu-se em ti, e foi aí que me encontrei.


Substantivos ...

1 gotas de arco-íris

Seis e quarenta e cinco desta manhã quando senti saudades de escrever aqui.
E pela primeira vez, não gostei do nome deste blog. Onde tinha eu a cabeça, isto parece saído dum pseudo-conto-de-fadas retorcido. Uma nota mental: tenho de mudar, pelo menos, a imagem aqui de cima. Pedacinhos de estrelas? Humm ....



~~~~

Coube em mim a tua voz a rasgar a minha carne. Chamas-te luz e apagas-te apenas para me fazeres renascer. Soube-o, algures esta semana. Algures sentada no teu colo e abraçada à tua presença infinitamente indizível. Ou talvez sozinha enquanto ficavas a gravar a tua lembrança numa qualquer melodia partilhada.
Somos duas teias, instintivamente desenhadas e recalculadas, construídas e somadas. Houve um dia em que cruzámos fios e tecemos palavras, dissemo-las e elas tornaram-se tão reais como as nossas imperfeições. E pelos fios brilhantes da imperfeição da tua teia te aprendi a amar. Não o escolhi, não me preparei, chegaste na tua imensidão e as minhas asas estenderam-se, sacudiram o nó que as prendia, e acolheram-te.

Aconteceu ...


don't worry, be happy

0 gotas de arco-íris

Ainda não voltei.
Mas agora a minha ausência é constantemente contraposta pela minha busca de palavras suficientemente cristalinas para espelhar a madrugada que sou.

Abro a mão e ela encontra a tua, pede a tua, renasce porque me tocas. E existo quando me tocas mais do que existi em anos encerrada nas portas que agora se abrem para me espreitar. Demasiado tarde, tu existes. Não esperado, não chamado, mas existes com uma claridade que cega e ilumina, transforma e modifica todos os poros da minha alma.
Um dia dir-te-ei que te amo, quando conseguir reduzir o meu peito aberto a uma palavra. Por ora não consigo.
Volto em breve...


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  • De eu vim de outra esfera
  • pessoa pensante cheia de ideias e dúvidas
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