Get right

0 gotas de arco-íris

Estou.
Parece que estou.
Ao menos que parecesse que sou, que ultrapasso a efeméride de estar.
Ao menos ... ao menos que deixasse de rogar por outros "ao menos" ... ao menos que me saciasse em vez de matar a fome.

Estou ... perene. As folhas que de mim não caem tornam-se rugas persistentes, não visíveis, antes sentidas.


Simples

1 gotas de arco-íris

Nada acontece por acaso. Não que acredite no destino, ou na falta dele. Mas sei que as coisas só nos acontecem quando estamos preparados para lidar com elas, quer estejamos cientes disso, ou não.





Sento-me à beira da viagem. É como se estivesse parada, e percorro quilómetros vorazes. Voo, enquanto o carro desliza. Voo, passo por ti, sei que não me sentes. E não faz mal.

Chego, fecho as asas, estão cansadas e precisarei delas na volta, enquanto sonhar com esse dia que não chegará. Estacionámos no parque nº2, é altura de desentorpecer as pernas. E a alma. E a fé. Contemplo, revejo-te lá, já te encontrei lá. E sorrias. Também não faz mal não mais ver esse sorriso.

E então falo-lhe de ti. E das portas verdes. E de como me sugou o turbilhão de vazio que parecia não findar, que parecia roubar-me a essência de mim. E era triste, não me reconhecer no espelho partido que não deixaram ficar. Nenhum de vocês. Mas não fez mal. Porque só faz mal o que eu deixo. Fechei as portas verdes, ela sorriu-me. Fechei a seta azul, ela sorriu-me também. Pareceu-me que não acreditou em mim, nem eu sei se acreditara na história tecida a negro que lhe desfiara em imagens.
Mas o meu querer deveria bastar-vos!

Abro as asas, troco umas palavras flutuantes, não estou lá, preparo-me para o voo de regresso.
E quando chego, vejo que as portas nem sempre foram verdes, nem tu foste sempre azul.


Mas eu fui, e serei, sempre, o voo que não teve medo. E isso só me faz bem...
~~~~~
E serei sempre a mão... a mão que esconde, que tapa, que foge, que se dá, que dá, tira e oferece, que sorri, que gesticula, que encosta ao peito enquanto escuta o bater de um coração. Serei sempre a mão, sempre e enquanto as mãos se derem, a minha na mão sem medo da minha mão sem medo.


...

0 gotas de arco-íris

Parece-me que algo muda quando tudo persiste inerte.
Afigura-se que a agonia é contagiosa, o desespero contagia-se e a tristeza cola-se pegajosa às esponjas da alma.

Há uma fartura de farturas, de sobrecargas e obrigações quando a tristeza se desliza em apatia. O essencial. Que falta, que muda, que desaparece.

Todos vocês me parecem ruídos de fundo, com sorrisos postiços, com belezas entranhadas em histórias que não são a minha. Como se para dentro da vossa bolha cor-de-rosa, se estendessem tapetes de misericórdia divina, como se fosse possível olharmo-nos como iguais.
Não sei se vos desprezo se vos invejo. Talvez tudo isso ao mesmo tempo. Queria essa paz, essa facilidade, esse sorriso, mas o verdadeiro, não o que fazem para as fotografias.

Este é o pão que o diabo amassou. Não tem sal. Está seco. Duro e sabe a podre. Mas alimenta.
E este é o último pedaço, desejem-me bom apetite.


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