Mordo os lábios até sangrarem, só para sentir quente. Entro em mim e desdobro-me até à potência máxima. Encontro-me nessa essência metamorfoseada. Há muito que assim não me despertava a fúria, sou um chicote e as costas que vergasto até escorrer vida também são minhas.
Cavo um círculo na terra molhada e deito-me lá dentro, a lamber feridas. Cuspo fogo, queimo a garganta, esqueço-me que sangro lava. Perco a minha mão direita enquanto a enterro na frescura da areia. Revolvo-me, encontro-me, mas não me apaziguo. Há qualquer coisa em mim que quer sair, quer jorrar para finalmente deixar de conter toda a terra que me engole.
Implosão, explosão, que diferença faz? O resultado é o mesmo e solitário ...
* talvez quente sejas tu *
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