Aguarela
Em 19 novembro 2006 choveram pedacinhos de Green Tea | E-mail this post
Escorreram ... esvairam-se .. perdi-as.
Onde estão agora as tuas chuvas, meu anjo? As tuas asas, que me elevavam ao teu sorriso sem eu pedir ou sequer pensar?
Caíste ... ironicamente, meu anjo, após os meus esforços homicidas, não fui eu que te matei. Morreste assim, quase tão devagar que foi demasiado célere para a minha compreensão. Nem te vejo no teu sítio de sempre no meu coração, na tua nuvem de algodão na palma da minha mão, escondida entre os vincos da pele.
Não está vaga a tua cadeira. Está cheia de mim. E de mãos unidas. Trazem novas cores e olhares ao meu dia e à noite que era nossa. Pintam de cheiros brilhantes o meu olhar sereno. Amo, meu anjo, mas não a ti. Sorri. Estarei sempre aqui. A ver-te de longe, a abrir as asas e voar. Talvez seja outra forma de te amar, que não dói nem mata.
Aqui, meu anjo, só chega quem não tem medo de naufragar ...
"Mesmo que a vida mude os nossos sentidos
e o mundo nos leve pra longe de nós
e que um dia o tempo pareça perdido
e tudo se desfaça num gesto só!
Eu vou guardar cada lugar teu..."
***
:S