Sou um peso que flutua desafiando todas as leis. Descaio para o lado esquerdo, ventricular e auricular que sou. Sou a cidade emaranhada na água que me acalma. Num momento. No outro não. No outro o meu veludo inconstante emerge e quase que evapora o Atlântico, domestica-o e reduz o oceano à palavra saudade. Que é azul. É uma senhora de idade que, espartilhada num vestido vitoriano azul escuro, leva a mão ao peito, num gesto de dor inimaginável, incapaz de medir ou comparar. É ela a saudade. Afogo-a no mar e sou assombrada pelo seu rosto doloroso e inquieto.
Já não respondo à cumplicidade das estrelas. Pedi-lhes que te velassem hoje...
CURRENT MOON moon info |
e as saudades sempre impossiveis de despir!!
fenomenal!!! :D
***
as gotinhas do teu arco-iris refrescaram-me a alma.
e de maneira que há muito ninguém conseguia.
um beijinho*