Em suspensão
Em 21 dezembro 2006 choveram pedacinhos de Green Tea | E-mail this post
Não que me faltem palavras ou motivos para escrever. Muito pelo contrário. Precisamente por saber o que de mim aqui derramo, decidi suspender este espaço. Não é um fim, nunca vês o fim, diz ele e eu acredito. É uma repreensão que me faço, um tempo que me dou para me dedicar aos meus outros espaços virtuais e, sobretudo, aos reais. É um até um dia, que tanto pode ser amanhã como um outro qualquer ...
Não me parece justo (sorriso) encostar a porta sem dedicar algumas palavras a quem acompanhou este espaço ou a ele esteve (está) ligado.
Ao Tiago, por me ter lembrado que existem chagas para nos lembrarmos do fim quando o mundo não é feito para nós e por me ter feito acreditar nestas palavras.
Ao Rogério, por me ter demonstrado em longas horas nocturnas que a dor de escrever é a dor de amar, e que amar vale sempre a pena, bem como escrever as palavras certas em maiúscula quando elas assim exigem.
Outras duas pessoas marcam o pseudo fim deste espaço. Uma chama-se Amizade, a outra Distância.
À Amizade fico a dever um abraço que talvez me falte a coragem de dar por ter acreditado que o frio pode ser apaziguado por fogos fátuos. A Distância é isso mesmo, distância pura e dura, que me cala pela frieza unilateral.
Ignoro o sal que cava um abismo entre mim e a Distância. Não tenho vocação para despedidas, por isso repito as últimas palavras que lhe ouvi.
Vou-me embora
volta quando puderes porque as tuas palavras fazem falta.... sem kerer ser egoista....
kiss kiss
Marta
***
Dia triste em que os fins se confundem ... dia triste este em que as palavras se calam, também numa suspensão indefinida.
À dor de não escrever, acrescento a dor de não ouvir. Acredito que tudo se renova, mas esta noite dói a pausa que me é transmitida.
A quem me conhece, à família citrina, um abraço.