Frio (e o meu sangue é vermelho)
Em 01 fevereiro 2006 choveram pedacinhos de Green Tea | E-mail this post
É... são sempre as mulheres de e da tanga que levam a melhor!Eu estou vestida, mas tenho um frio imenso no coração, frio de ver outra pessoa aquecida pela lenha que podia ter sido minha, pelo lume que me consome sem saber ou sem se importar.Não estou a brincar, sou igual por dentro, sangue escorre e sal rasga cá dentro. E essa fé cega que o guia afasta-o de mim.Porque atravessei a estrada? Porque não parei para dizer olá? Mas, e se o tivesse feito? Para quê? Mudaria alguma coisa? Algum movimento dele? Não.Tenho querer do mais que não existe, e o meu frio só se conforta no frio que ele me deixa... não vale a pena atravessar para o lado onde só o nada me resta.Não tinha de ser assim, queria que não fosse assim, mas é, e só o olhar dele chega para que o meu se perca e desfoque enevoado de saudade.Leio alfabetos que não existem no olhar que não me deita, e escrevo as cartas que não me dirige nessa língua que só eu sei. Fogo e noite, é onde estou e onde ninguém surge para me resgatar do abismo que me cerca.Estou eu... só, mas sou tudo o que há em mim. Gosto tudo de ti, mas não me posso perder de mim.
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