Neve e gelo e o manual que ficou por abrir... Fria, será que sou uma pessoa fria? Será que sou neve humana?
A mudez persiste, e a minha alma despida tem frio e tirita por estar ruas molhadas por chuviscos púdicos, que nem chuva nem neve têm coragem de ser. E o silêncio parece-me prateado e agudo.
Vou pensando que a neve queima os incautos. Ouço Porto Côvo e fecho os olhos, transportada que sou pelo calor das palavras tristes e velhas que me falam de lua e pêssegos cor de laranja. Transforma o fraco em coisa forte (tudo se renova), diz o Tiago num cesto de frutas, de palavras frutíferas e doces, com um travo amargo a quem nelas pensa. Fortalecem, estas palavras bebidas!
Mas a neve persiste... Como a mudez prateada de quem não sabe perder e me recomenda manuais do gelo que só resultam na teórica equação de quem parece não sentir, mas que sente demais.
Neve humana somos todos nós...
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