Lua triste e branca
Em 20 janeiro 2006 choveram pedacinhos de Green Tea | E-mail this post
MORTENinguém gosta de falar dela, ou então gosta demais.
Hoje bateu à minha porta a sua marca gélida e rigorosa, sem meias medidas ou meias palavras. Impressão digital e analógica inequívoca!
É a marca que todos carregamos no umbigo desde que nascemos. Morremos, todos os dias um pedacinho. Mas quando o tempo se nos esgota, nos foge por todos os poros, e os suspiros nem se ouvem, morremos e morremos com a morte, mas ela ressuscita sempre, e nós, que eu saiba, ainda não.Desta vez, a senhora de branco e negro e cinzentos indefiníveis tocou de perto um amigo. Palavras para quê, são só sons que articulamos e se perdem no ar lacrimejante.Estar lá! Estar lá, para ouvir, para não dizer nada, não fazer nada, ir embora se for preciso...Amizade é amor diferente, é amar sem querer mais do que ser amado assim, sem promessas, sem contas a apresentar, por mais dias, meses e anos que se passem.E a lua hoje à noite vai cear com a morte, e dizer-lhe que ela é fria como o luar de Janeiro, porque tem inveja de não poder encontrar um sentido para a vida...
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