Estou farta... "Benvindo" diz o teu atendedor de chamadas... "Benvindo"?
Benvindo onde? Estou cansada da voz irritante que escolheste para acolher quem te quer dar um toque, tocar não o telemóvel mas o coração.
Mas onde tenho eu a cabeça? Dar-te um toque? Ah ah oooh... onde é que isso já vai.... pois é, "não houve à luz do dia quem não tenha provado o travo amargo da melancolia". E, que eu saiba, sobreviveram.
Assim como eu. Passo sem mousse, sem ti, sem notícias tuas, mas vou-me apercebendo do quão ilusório tu és, tu foste, e continuarás a ser.
Eu tenho medo! Mas sei que o tenho, e tento confrontá-lo com a esperança que pensava que me davas, mas afinal era eu! Não és tu, não podes ser.
Gostar...
Gostar é a melhor forma de se ter... e assim te tenho, não a ti, que escolheste uma voz desconhecida para me frustrar quando te tento lembrar que existe aqui alguém, não a ti, mas ao efeito que tens, tiveste, em mim.
Gostar...
Até gosto de ti... nada mais. Se "o amor é isto e nada mais", então não gosto de ti!
Confuso? Não, não estarás, não vens cá, não te dignas a perder instantes preciosos da tua graça a leres o que te escrevo. Não pensas, não sentes, só temes...
"Já te perdias" não. Já te perdeste. Já te perdi. Ou não, não, nunca te perdi, porque nunca te tive...
Um riso ilustrado e tímido, uma pose descontraída no teu elemento, e está feito. És o Sr. Seguro, o Sr. Falso Seguro...
Prefiro à minha maneira... Dou-te o pior de mim, o frio lado lunar, e só assim sei se posso dar o melhor, aquele que não sabes, não conheces. Ao menos sou eu, ao menos não iludo, não dou falsas expectativas.
Crescias tanto se parasses para deixar de fingir por um segundo. Se te libertasses do medo. Se caísses e chorasses. Se não risses e sorrisses só.
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