Sweet at daylight
Em 23 fevereiro 2006 choveram pedacinhos de Green Tea | E-mail this post
Ontem era eu mas não era... Gosto de andar sozinha na rua, a olhar o que me rodeia. Gosto de sentir o vento a passar-me pelo pescoço, ouvir as pessoas apressadas porque têm tudo para fazer. Gosto de pensar nessas alturas, e contemplar o mundo onde às vezes pareço que encaixo mais por favor do que por direito.Mas não é mau. As palavras são eu, e eu sou as palavras. Tive medo hoje, pela primeira vez, de que a minha máscara não fosse suficiente para aquele meu pedaço de mundo. Vinha no Campo Grande, meu refúgio das sabedorias alheias que por vezes são também minhas. Medo não das pessoas e das suas expectativas, mas medo da minha insuficiência crónica mental... e se eu não consigo acabar a tese? e se eu não passo na tese? e se?Quero lá saber disso. Apercebi-me desta não querença no Campo Grande, enquanto esperava pelo autocarro, enquanto ouvia música e tentava não pensar. O céu cinzento é tão sorridente quanto o céu azul brilhante, e tão belo como as estrelas cintilantes e trémulas que vislumbro antes de deitar para beijar o azul da distância.A minha romã calou-se de vez... percebeu que cumpriu o seu papel na sua altura, qual actriz que dá as suas deixas e se evapora porque nem sabe quando nem como voltar a surgir em cena.Aqui e agora, uma voz distorcida vai ficando cada vez mais límpida. Aqui e agora, um abraço do meio do nada, nada te prende, nada te impede de voar. Só tu te prendes, mais ninguém. Aqui e agora não esperes pela noite para sentir. Sinto-me bem, mas confusa, mas então? Duplo, duplo, o envolvimento tem de ser duplo, duplo, duplo. Palavras minhas que tenho esquecido. Duplo, e eu não posso ser mais que uma. Estás bem, estás tão encantadora como quando não te vês ao espelho com medo do que te possa responder a tua imagem... Em câmara lenta vou concordando, o autocarro não vai a abarrotar. Pela janela: renault azul, seat cinzento, opel branco, seat preto, pessoas, universidade, alvalade (sorriso enorme), e depois perco-me dentro dos fones. Abraço forte, roçando a minha testa com os dedos que não vejo, um beijo. Sorrio. Fica bem, eu volto.Aqui e agora, sorrio. Porque sim, porque me apetece, porque a minha vida não é feita dos que não me amam, mas sim por mim e por aqueles que eu amo.
"Aqui e agora, sorrio. Porque sim, porque me apetece, porque a minha vida não é feita dos que não me amam, mas sim por mim e por aqueles que eu amo."
Fiquei preso nesta tua frase, mais do que nunca faz todo o sentido. Ao fim de anos a vivermos em função dos outros, chegou a hora de termos a redeas da nossa vida, da libertação de dizer um grande "FUCK IT",
Cada dia traças esse teu grandioso caminho, onde na proxima curva pode estar o companheiro que complete o circulo dos que te amam e amas.
Boa sorte na viagem sem medos sem receios e sem mascaras tudo é possivel até mesmo a felicidade.
Beijos Amiga saudoso abraço
Sem dúvida. :)
Há companheiros de viagem que vão partilhando este pão de sorrisos e lágrimas.
Apercebi-me q tb escolho os meus, os q aceitam e eu deixo q estejam a meu lado. Orgulho-me disso, e orgulho-me de estares cá!!!
Obrigada...
Esqueci-me de te dizer...
O meu grandioso caminho só é assim porque estão presentes aqueles que tornam o simplesmente banal em irrepetivel e especial...
Viver sem amigos é morrer sem testemunhas. Obrigada por seres memória viva e esperança certa de mim!
(Estes comentários, para aparecerem, ufa, deus do céu...)