The end

0 gotas de arco-íris

Deixou de fazer sentido.
Dói ter deixado de fazer sentido... Foram anos a fazer sentido, a alinhar letras e sílabas até que este espaço perdeu força.

Casa vazia, esta. Sempre o foi, mas só agora o sei. Mudo-me.

Sem lágrimas ou ressentimentos. Apenas vazio violeta e um aperto no peito. Mas é o fechamento que pede um novo ciclo. Há coisas que têm de se perder para podermos continuar. Enquanto houver estrada para andar...


hurricane 2 [speechless]

1 gotas de arco-íris

Chegas, falas, trazes o oiro nos teus olhos e o calor nas tuas mãos, sorris, trincas uma maçã.
Nesse teu gesto seguro e mudo encontrei-te. Vi e agarrei, soube-te de cor no instante em que fomos sítio onde as mãos se dão. Entranhas-te no meu corpo e cá ficaste, como impressão indelével e inesquecível.

Não caibo em mim. Em mim tudo é maior, bem o sei, e por mais que as palavras ecoem incessantemente, mas hoje compreendo que não sou maior em vão. Somos. Maiores.

Mais do que o desejo e a ternura, mais do que as cores que se redefinem quando as inventamos, mais do que as letras que dão cambalhotas inocentes para se converterem em palavras cujo sentido é somente aquele que lhes damos.

Nesta viagem todo o murmúrio do oceano será apenas ruído, todo o brilho suave do luar será pálido e toda as notas musicais serão harmonias imperfeitas... 


[amo-te eu || amo-nos]


hurricane 1

0 gotas de arco-íris

... intrinsecamente enches-me o peito de frases que me arrepiam vindas das profundezas da tua espinal medula...

[trago o corpo cheio de copos velhos, foscos e manchados de baton. algures no fundo de um deles afoguei-te, sem sequer me despedir. noutro qualquer dia juraria a pés juntos e mãos atadas que o céu se abriria em infinitos clamores quando te fechasse a porta, que a terra cavaria sulcos nas estradas que sempre nos separaram. provavelmente, ouvir-se-iam sinos longínquos e majestosos, trombetas celestiais e uns quaisquer portões dourados ecoariam o seu fechamento.
mas não.
por vezes assomas à janela da lembrança e não evito um sorriso velho e cheio de ternura, o sorriso "e se", "e se tivéssemos sido?", mas não há qualquer réstia de desejo ou ardor. não me queimas a pele e a voz não sufoca por te ver e te sorrir. nessas vezes, pareces-me um pássaro chilreante suavemente aconchegado no meu ombro, cúmplice. partilhámos tanto sem o dizer, e brilhámos tanto sem que nos vissem.
o dia em que fechei a tua porta e passaste a visitar a minha janela veio naturalmente. sem cheiro particular ou amanhecer diferente. simplesmente aconteceu. alguém entrou e o teu lugar estava vago. pediu licença e eu acedi, seduzida pela certeza de que havias partido há muito. até que percebi que sempre estiveste na janela, a tal janela da mentira que um dia me fez amar-te.
copos velhos, de onde saem ainda os cheiros que te adivinhei de noite. cheiram a saudade quente e a cumplicidade]
... intrinsecamente, a minha mão grita pela tua e conhece o teu toque, decorou o teu cheiro e perdeu-se em ti, e foi aí que me encontrei.


Substantivos ...

1 gotas de arco-íris

Seis e quarenta e cinco desta manhã quando senti saudades de escrever aqui.
E pela primeira vez, não gostei do nome deste blog. Onde tinha eu a cabeça, isto parece saído dum pseudo-conto-de-fadas retorcido. Uma nota mental: tenho de mudar, pelo menos, a imagem aqui de cima. Pedacinhos de estrelas? Humm ....



~~~~

Coube em mim a tua voz a rasgar a minha carne. Chamas-te luz e apagas-te apenas para me fazeres renascer. Soube-o, algures esta semana. Algures sentada no teu colo e abraçada à tua presença infinitamente indizível. Ou talvez sozinha enquanto ficavas a gravar a tua lembrança numa qualquer melodia partilhada.
Somos duas teias, instintivamente desenhadas e recalculadas, construídas e somadas. Houve um dia em que cruzámos fios e tecemos palavras, dissemo-las e elas tornaram-se tão reais como as nossas imperfeições. E pelos fios brilhantes da imperfeição da tua teia te aprendi a amar. Não o escolhi, não me preparei, chegaste na tua imensidão e as minhas asas estenderam-se, sacudiram o nó que as prendia, e acolheram-te.

Aconteceu ...


don't worry, be happy

0 gotas de arco-íris

Ainda não voltei.
Mas agora a minha ausência é constantemente contraposta pela minha busca de palavras suficientemente cristalinas para espelhar a madrugada que sou.

Abro a mão e ela encontra a tua, pede a tua, renasce porque me tocas. E existo quando me tocas mais do que existi em anos encerrada nas portas que agora se abrem para me espreitar. Demasiado tarde, tu existes. Não esperado, não chamado, mas existes com uma claridade que cega e ilumina, transforma e modifica todos os poros da minha alma.
Um dia dir-te-ei que te amo, quando conseguir reduzir o meu peito aberto a uma palavra. Por ora não consigo.
Volto em breve...


need to

2 gotas de arco-íris

Este é o meu espaço. Nos tempos mais recentes, não o tenho sentido. Tenho tido uma vontade intensa de aqui me deitar e deixar, de me escrever, de me encontrar, mas não tenho conseguido. Nada do que tenho escrito corresponde de forma minimamente aproximada a seja o que for que tenho escrito fora deste espaço sem o ter transposto no momento certo. 
Pensei nisso esta manhã enquanto me deixava ficar. Este espaço, meu, e semore de outro(s), já parou antes, e vai parar agora. Não encerra para férias nem para descanso, suspende-se para que possa regressar. Estes textos mais recentes não são para mim o que foram textos mais antigos. 

Para que conste, vou continuar a escrever nos outros sítios, onde nunca me senti constrangida: sou eu, mas poderia ser outro eu, Vou, se quiser, quando quiser. Regresso aqui quando conseguir. Quando quiser, mais isso. Amanhã ou daqui a três meses. Não importa, neste momento.


kjksajsdmasdaqpeor

0 gotas de arco-íris

Há momentos em que nem precisas de fazer sentido. Pedaços de poeira dispersos são mais coerentes.
Depois vêm as palavras fingir que são deuses feitos sentimentos e emoções e tremuras. Vêm as palavras em catadupa, a sorverem o que restar depois de termos sangrado o suficiente para sabermos apenas que a pele fala mais alto.
E quando começam a irromper teias difusas de palavras fragmentadas que um dia poderiam ter dito tudo, quando o tempo passa por nós e quando os olhos fogem, é nesse parágrafo que saltamos. Fugimos, para o meio do pó disperso.

Deixo-me estar, por inércia.
Deixo-me ficar... não sei até quando.
Mas quero as minhas asas de volta...
Quero saber que tenho o mundo a meus pés
independentemente do que acreditam os que me vêem.
Porque não olham senão o que eu destapo do lençol da minha cama ...


bedshaped no tempo errado

1 gotas de arco-íris

Querer fugir é ficar sempre mais um pouco, à espera que nos calemos para imaginarmos o que seria se nos pudéssemos ouvir.

Pudéssemos nós saber que partíamos para ficar...
(pudesse eu dizer-to sem estremecerem as nuvens e sem a carne me trair)


... continuando ...

1 gotas de arco-íris

Enganei-me. Sinto-o em cada poro de pele, mas pior que isso, sei-o em cada impulso que controlo.
Eu, que tenho mil eus por revelar, nunca me domei perante asas menores que as minhas. Em abono da verdade, eu, que tenho mil eus por revelar, nunca me domei perante asas nenhumas.

Enganei-me e engano-me repetidamente. Aguento, suporto, insisto, lembrando tristemente que sempre que eu insisto eu esqueço que existo. Não esqueço. Nunca esqueço. Sou uma dormência perigosa por vezes. Cabem em mim as maiores das frustrações e isto é o que eu sou. Sou a fúria dos acordes que me despertam. Nada me contém e, ainda assim, permito que assim o pensem. Condescendo, com uma paciência quase infindável. Tenho medo de fins, porque a turbulência me fragiliza por me aumentar o vórtice que mal controlo. E calo. Ontem. Hoje. Amanhã não sei.
Já disse que isto é o que eu sou, olha merda, isto é o que eu sou, e é a este amargo sabor de quase ser que me destinam. Brandam paus e imagens e textos e sons, eu não sou de fiar. Mas isto é parte do que sou.

Outra parte é doce. Outra parte aconchega os pés num corpo imaginado e reconforta o corpo num corpo ansiado. Outra parte quer murmurar "amo-te" num ouvido que o mereça. Outra parte duvida da solidão. Outra parte quis acreditar na perfeição. Tudo isto é o que eu sou. Um misto de raiva feroz e ternura mansa. Uma improbabilidade possível.

Não me calam. Mal me tocam. E quando quiser repetir frases de algodão, fá-lo-ei, e quando quiser mandar-te à merda, fá-lo-ei. Uma a sonhar, a outra a despertar num pesadelo. Mas fá-lo-ei, porque em mim cabe tudo isto.

Ainda assim, enganei-me. Uma e outra vez, repetida e demoradamente, como se fosse morrer na ponta de cada beijo.
Enganei-me, não me enganaste.


Ou então ...

0 gotas de arco-íris

... enganei-me ...

(to be continued)


prende-se o pulso e solta-se a mão

1 gotas de arco-íris

Não quero ficar aqui.
Não quero ficar aqui a ver-te.
Não quero ficar aqui a ver-te ao longe.
Não quero ficar aqui a ver-te ao longe sem saber.
Não quero ficar aqui a ver-te ao longe sem saber o que somos.
Não quero ficar aqui a ver-te ao longe sem saber o que somos ao perto.


~
O frio das pedras do chão debaixo dos pés acordou-me os sentidos. É tão mais fácil estar inerte do que estar viva em carne desperta. Dizem que as pedras da calçada choram o destino de quem as pisa sem as ver. Eu digo e grito que choram por separarem passos que se querem. Não se quiseram antes, talvez não se queiram depois, talvez se queiram sempre, mas querem-se agora, enquanto a lua for cheia e as estrelas que vêem são as mesmas.
~
A saudade já foi uma mulher com um espartilho sufocante, lembro-me de o ter dito há uns anos. E hoje a saudade é uma faca aguçada que rasga a dor pequena em estilhaços de pequenos pormenores feitos de milimetros que se juntam para serem um longe.
~
E é de noite que sei que há-de haver um dia em que não estou perto num sonho de algodão doce, vou estar perto num abraço que durou uma dança a mais na varanda, persistiu um compasso mais e soube a assassínio da saudade. Quero matar esta saudade e sufocá-la entre nós num abraço entre corpos, ela que morra entre mãos que se buscam e olhos que se vêem finalmente.
~
Dentro de mim tenho tudo. Sou uma folha dividida em mil palavras, cada uma com tantas outras por entender. Saibo a medo e trinco a gosto. Tenho frio e sou calor. Trago vida e pago em sonhos.
~
As pedras da calçada agora riem-se...


[não é um texto para ser entendido,
não é para ser sequer relido,
é apenas para juntar palavras sem sentido,
que sem sentido consigam definir
o que não tem nome,
cor ou cheiro,
mas que sabe a carícia distante,
na curva funda das tuas mãos,
das tuas, sim, porque sim]
[sempre precisei deste espaço
sempre regressei aqui
poucas vezes o partilhei
ainda menos vezes foi recebido ou compreendido
mas isto é o que sou
quando sou o que posso ser]


O gigante na jaula de vidro ...

0 gotas de arco-íris

Estende a mão.
Estica o braço.

... vem do nada ao fundo da questão.
Há no ar um aroma estranho, como que desentranhado, como se sempre lá tivesse estado à espera de que alguém destapasse o frasco escondido no coração de todos os que ainda não o tinham cheirado.
Há no ar uns sorrisos desencontrados, há no ar um riso distante, há no ar o som do eco das paredes que se derrubam e o ar cheio de tudo encontra o pó da reconstrução. Ecos de risos, sinfonias de gritos. Há uma voz que se distingue, não pelo volume, mas pelo tom, pela textura, pelo sussurro manso, pela cor que se espalha nas suas palavras imperceptíveis.

E eu sento-me a ouvir. E deito-me a ouvir. E acordo a ouvir. Abro os olhos e não te vejo. Abro a mão e não te toco. Abro o corpo e não te encontro. Mas estás cá, onde não te espero, onde nem te chamei, resta saber se ficas... Pensar, só faz sentido tudo ser assim!



Estende a mão. Já está.
Estica o braço. Também.
Olha lá para fora. Sim?
O que vês? O mesmo que tu.
Estamos então? Onde estivermos.


E se tiver de haver um fim?

1 gotas de arco-íris

Remordo o fundo do copo como se fosse líquida a minha falta de qualquer indefinição que nem consigo encontrar nas páginas de cadernos que poderia ter-te escrito mas não escrevi.

Embacio os olhos com as palavras dos dias e das noites de outras pessoas, à procura de uma que me diga onde estamos. As mãos podem tremer de cansaço e desejo de respostas, os olhos podem cegar de espera, o corpo pode sucumbir, mas tu persistes. Inexorável. E chego ao fim do livro e regresso ao início, quase me esquecia que o tinha deixado debaixo da almofada para o aconchegar todas as noites.
É no auge do grito que vejo o fim, tenho de sair daqui, tenho de sair daqui, tens de ser nada para mim, tens de fazer parte de outro alguém, assim não somos nada.
Estou no meio da sala e faz frio debaixo dos holofotes. Perdi a tua deixa, esqueceste-te que fazias parte desta peça. O público começa a ir embora, vieram para te ver.
Deixo o copo ao abandono... Pode ser que caia e se estilhace em pedaços do fim anunciado.


"Nós"?

1 gotas de arco-íris

Regressas mais pesado... sinto a diferença na tua pele, mais seca e áspera, mas também mais minha. Sempre foi minha, não foi? Sempre estiveste no meu corpo enquanto não te via ao meu lado. Ficaste. Esperaste até ficares sem palavras para me dar. E eu que não te via.

Perguntaram-me "e vocês?" e eu quis perguntar-te "e nós?". Só que as palavras arranharam-me a garganta e dançaram na minha voz. Opaco, o medo entrou na conversa sem ter sido chamado, e sussurrou-me ao ouvido que a hora ainda não chegou. Quis gritar-lhe, explicar-lhe que o tempo era este, era agora, que "nós" sempre tinhamos existido, e ainda assim, a minha voz fugiu para dentro de ti, qual refúgio na tempestade. Mas a tua própria voz veio inundar os meus olhos enquanto o medo esfregava as mãos de contente. Outra vez.

Então pergunto-me "e nós?", e sozinha sei a resposta. Dançamos sem nos tocar, sentimos sem nos ver, ouvimo-nos no silêncio branco que nos invade desde que acordámos juntos sem o saber.
Não consigo fugir de ti. Nem quero. Desta vez, vou dizer ao tempo para não te esconder de mim...

Vamos partir... partir sem ver... pode ser que desta vez ...


Alive! 07

0 gotas de arco-íris




...

Nada a declarar. Tudo. 


'cause you don't give love and take it back again

0 gotas de arco-íris

Não é o cansaço que me consome. Parece que rio por dentro, que as gargantas que tenho em mim se põem a cantar melodias que desconheço.
Estendo as mãos e quase toco o sol. A luz quase me faz cócegas, torna-se líquida e é uma chuva de sóis com cheiro aos Verões de criança.

E farei da luz a minha bússola. Farei da distância o meu mapa. Gravarei as notas que me ecoam na alma como se de manuscritos se tratassem. E fá-lo-ei por mim.

Nasci hoje. Metade de mim ficou, a outra partiu há muito.

[como é possível escolher a ausência ao riso? como se fosse uma escolha, guardar-te comigo nas palavras ou guardar-te comigo nas ausências... não fui eu que te escolhi. Vejo que, como te pedi, trouxeste-me as asas numa bandeja de prata, não entendo como depois tens medo de voar]


Footlose

1 gotas de arco-íris

E agora despedia-me baixinho do escuro e gatinhava até ti. Entrelaçava-me nos teus dedos e deixava-me ficar. Só porque tenho frio e as costas rangem de saudade. E tudo ficaria perdido no tempo do que fomos e não voltámos a ser. Dir-te-ia, de todas as vezes que os meus olhos te encontrassem, que te vejo sempre. Ficas colado na minha mão, sempre. E sempre é uma palavra tão doce, podemos abri-la e ela permanece, feita a letra de impressa ou a manuscrito medieval, fica iluminada por todas as promessas que já se fizeram sob si mesma, "amo-te para sempre", "odeio-te para sempre", "estarei sempre aqui", todas os sempres deste mundo não caberiam nesta palavra. Então não te vejo sempre.Mas agora, mais do que sempre, apetecia-me despedir do escuro morrinhento, despir o azul e negro que resta em mim, e ir ter contigo, atravessar cada átomo de distância como se a distância se medisse, e chegar ao pé de ti, enrolar-me na ponta dos teus dedos, só até chegares também... 

Avisas-me, quando chegares?


Ódios de estimação

2 gotas de arco-íris

Seguindo o desafio da , seguem-se seis (são tantas e tão poucas!) coisas que odeio. O que envolve um certo preâmbulo, odiar é muito mais do que simplesmente não gostar, é aquela sensação de que todos os músculos do corpo se revoltam e entram numa espiral de náusea. Eis os meus ódios de estimação, por ordem aleatória...

Coisa 1 - Coisas gelatinosas... textura de gelatina, de pudim, de ovo cozido e afins, tirando gomas. Repugna-me, visto em miúda ter comido duas taças (taças, não tigelas!) de gelatina seguidinhas. 

Coisa 2 - Escarretas... mais concretamente, as pessoas que escarram no chão, com aquele ruído rrratchuuu. É nojento, é mal-educado, é visceralmente hediondo. 

Coisa 3 - Dormir pouco. Claramente porque não me consigo deitar cedo e detesto acordar cedo. E porque o meu organismo precisa de dormir muito. Muito, mesmo muito. Mas assim mesmo muito. 

Coisa 4 - Violência. Eu se fosse homem tinha evitado a tropa por objecção de consciência. É de uma hipocrisia existencial, apesar de ser uma herança da espécie.

Coisa 5 - Adeptos fanáticos e irracionais. Não simplesmente fanáticos, porque isso conheço muitos e bons. Mas daqueles que ah e tal era penalty quando a bola estava no meio-campo, daqueles que não dão o braço a torcer, daqueles que ficam amuados e se enrolam no silêncio. Daqueles que dá vontade de dizer que há muito mais na vida além da bola, do cesto, da raquete, seja o que for.

Coisa 6 - Dinheiro. Ou o que o dinheiro consegue fazer às pessoas. Ou o que as pessoas conseguem fazer por dinheiro. E não me alongo...

Não passo o desafio a ninguém, eu nem sou de fazer estas coisas. E, vistas bem as coisas, não odeio assim tantas coisas como isso, estive aqui a matar a cabeça para escrever estas quantas linhas...


Ainda

0 gotas de arco-íris

... me lembro que cair pode ser o passo que faltava para o estender de asas. Curiosamente é quando menos espero que menos me dói fechar a tua porta. Porque erraste. Faltaste. Perdeste a tua derradeira oportunidade. Não mais te chamarei meu amor, nem mais te sorrirei em sóis. 

Agora voo, sem cordas. Nem trapézio nem rede. Como sempre, perdi-te na maré. Eras tu o meu chão, eras, eras, e não o voltarás a ser. Se não há carne o coração não come nada, e podíamos tê-lo ouvido juntos. Eras. Agora serei eu o teu chão. 


21 things i want in a lover

2 gotas de arco-íris

Parece que dói. A noite faz sempre doer um pouco mais. Não me atrevo a pensar porquê, mas constatei-o ontem, enquanto me atirava de cabeça para o norte. Onde de facto, a água é mais fria. E salgada.
Quando acordo parece mais fácil. Quase parece que não é nada, quase que sorrio e me sinto como se fosse o primeiro dia da minha vida... quase a entrar em palco para o grande solo que apenas eu consigo ver. E de noite, o medo do palco, os suores entranhados na pele e eu a não ser eu.

Sempre pensei estar presa às portas verdes de sorriso encarnado. E pensei e senti, o fôlego a atar o meu coração a essas portas cheias de nada. Mas um nada tão pleno e perfeito que é feito de tecido de faz-de-conta, é o nosso irreal, onde só o nosso amor conta, mas amor, ele não existe.
Então pensei que me tinha desatado. Para me atar e matar de vez. Não aprendemos com os nossos erros, meu outro amor. Se aprendessemos, meu outro amor, não nos tínhamos feito assim. De distâncias. E carne.

Assim, amar o azul e o vermelho é amar o sol e o mar, sem nunca tirar os pés do chão de cimento. Que é frio.

Eu já tinha decidido ser feliz para sempre ... e era algures onde tu estás.


Sobre mim

  • Nome Green Tea
  • De eu vim de outra esfera
  • pessoa pensante cheia de ideias e dúvidas
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