O gigante na jaula de vidro ...
Em 24 junho 2008 choveram pedacinhos de Green Tea | E-mail this post
Estende a mão.
Estica o braço.
... vem do nada ao fundo da questão.
Há no ar um aroma estranho, como que desentranhado, como se sempre lá tivesse estado à espera de que alguém destapasse o frasco escondido no coração de todos os que ainda não o tinham cheirado.
Há no ar uns sorrisos desencontrados, há no ar um riso distante, há no ar o som do eco das paredes que se derrubam e o ar cheio de tudo encontra o pó da reconstrução. Ecos de risos, sinfonias de gritos. Há uma voz que se distingue, não pelo volume, mas pelo tom, pela textura, pelo sussurro manso, pela cor que se espalha nas suas palavras imperceptíveis.
E eu sento-me a ouvir. E deito-me a ouvir. E acordo a ouvir. Abro os olhos e não te vejo. Abro a mão e não te toco. Abro o corpo e não te encontro. Mas estás cá, onde não te espero, onde nem te chamei, resta saber se ficas... Pensar, só faz sentido tudo ser assim!
Estende a mão. Já está.
Estica o braço. Também.
Olha lá para fora. Sim?
O que vês? O mesmo que tu.
Estamos então? Onde estivermos.
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