É ... eu tinha razão ...
Melhor, tenho razão!
No fundo do mar, entre reinos esquecidos e perdidos de tempo e cor e luz, é onde parece que o meu conforto se esqueceu de mim, e me deixou perdida por entre as ruas luminosas breves na bruma do tempo.
Incerteza entre dar e receber ...
Cheira a mofo aqui, na terra das verdades que não se dizem e se pensam em sussurros mentais. Sabe a fel esta hesitação evitante que se entranha no meu dia a dia. Mas porquê? Porque é que tudo à minha volta se cola e recola a mim com esse cheiro, esse olhar que me deixa saudades ... porquê, como, tantas perguntas que me fazem duvidar daquilo em que vivo para acreditar ...
Tudo te traz a mim. Menos tu.
Quando a gente conversa
Contando casos, besteiras
Tanta coisa em comum
Deixando escapar segredos
E eu nao sei que hora dizer
Me dá um medo, que medo
É que eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano
É eu preciso dizer que eu te amo
Tanto
E até o tempo passa arrastado
Só p'reu ficar do teu lado
Voce me chora dores de outro amor
Se abre e acaba comigo
E nessa novela eu não quero
Ser teu amigo
É que eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano
É eu preciso dizer que eu te amo, tanto
Eu ja nem sei se eu to misturando
Eu perco o sono
Lembrando em cada riso teu
Qualquer bandeira
Fechando e abrindo a geladeira
A noite inteira
É que eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano
É eu preciso dizer que eu te amo, tanto
O sorriso invade-me pelas muralhas da solidão ... o amor espreita, e a romã sorri, saciada das carícias invisíveis que lhe estendem a mão.
Fugaz ... tem sido a história que só enredo nas contas dos dias passados sem a luz de um estranho e espantado sorriso firme.
Estendo eu a minha mão pela varanda, e o frio corta-me a respiração, as nuvens que ocultam a lua perspicaz encandeam-me de mim. Sou eu.
Onde o céu for ... vamos?
Correu bem, mais uma vez... Cubos de Rubik a passearem nas crianças que habitam os bosques densos dos espíritos dos outros. Na minha cabeça apenas geometria euclidiana e pouco mais. E saber que venci e superei outro obstáculo nesta corrida em que não me inscrevi.
A presença que me aquece surpreende-me na pontualidade imprevisível da sua inconstância. Não sei por onde vamos, eu e a minha sombra de doces torturas e sonhos de bolas de sabão.
Bolas de sãbao, ondas de ternura invisíveis que não se materializam... palavras que não se entendem porque se desencontram a meio caminho...
Agora desfio-me em teias vivas de mim... Reato laços velhos, mas fortes, abraço carinhos perdidos mas não esquecidos. Brinco com as folhas e as palavras que escrevo, porque estou ao sol, frio, pálido, mas meu.
Conheço-me... antes a ausência que a condescendência, essa é um antídoto venenoso para quem quer amar. Ironicamente, tenho que agradecer-te por me teres soltado e dado rumo ao meu lado lunar, que agora brilha onde não o vês.
CURRENT MOON![]() Waxing Gibbous 91% of Full Wed 9 Apr, 2025 moon info |