Ao desafio!
Em 14 fevereiro 2007 choveram pedacinhos de Green Tea | E-mail this post
A seta apaixonou-se pelo vento
quis deixar-se levar pela sua força
voámos os dois na mesma direcção
mas o vento só vai para onde lhe apetece
A seta apaixonou-se pelo vento
quis deixar-se levar pelo seu talento
entrámos os dois numa combinação
que tendia para o infinito inequivocamente
amanhã não vais ter tanto encanto
E o vento apaixonou-se pela seta
quis deixar-se acompanhar pela coisa concreta
que surgia como justificação
para a materialidade de um traço no céu
E o vento apaixonou-se pela seta
e quis fazer com ela a volta completa
mas a seta estava farta de dispersão
voou para Barcelona e deixou solidão
amanhã não vais ter tanto encanto
Vais sim...
Porque o teu calor dá a volta ao mundo e não deixa solidão,
apenas uma cicatriz de saudade, aquela saudade que me faz querer voar,
voar para longe, rasgar o sol e rir-me da lua, cantar-lhes bem alto que
agora, como sempre, estou dentro de ti, bem protegida,
segura de todo o nevoeiro e de todo o frio, de todo o medo e de todo o mal.
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