Fácil de entender
Em 18 janeiro 2007 choveram pedacinhos de Green Tea | E-mail this post
Há raios de qualquer coisa inexplicável que trazem saudade no vento electrizante dessa voz que aprendi a conhecer.
E todas as palavras que escutei desfizeram-se num aperto fechado, num abraço quase fugaz mas que concentrava todo o sal de todas as esperas.
E se em ti me perdi foi porque me encontrei algures num corpo que era teu e o conheci sem saber. E se de mim me escondi foi para calar essa ausência de ti que cicatriza as minhas mãos. E se em nós me calei foi para nos dar o espaço que dois corpos ocupam, e não apenas um, não apenas o teu, não apenas o meu.
Viajamos à velocidade desse vento que não persiste além deste peito que te contém imenso. Quase nos cantamos sofregamente, quase nos perdemos em nós. Mas, finda a viagem, morta a distância, sabe tão bem reflectir no espelho o calor do teu abraço. E saber-te aqui. E saber-me aí.
Isto é o que eu sou. Tudo isto. É mais fácil de entender do que de dizer. Muito mais.
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Desfaço-me em palavras. Ou construo-me a partir delas. Há uma qualquer raíz quadrada de complexidade que grita a plenos pulmões para sair. Há ainda uma criança com mil e um eus de mim que sorri. Há também a parte de mim que sobrevive nas palavras.
Mas tudo, tudo isto, só faz sentido, só ganha vida e asas e voz, quando amo. A inconstância do meu vento tem a força da desilusão de não saber ser eu sendo muitos eus. Sou eu sempre.
aiii amei este texto!
o primeiro paragrafo ta fantastico!
:D lindo! pa variar....
kisses ***
O vento é o responsável por grande parte dos arrepios que sentimos...ele traz-nos abraços e recordações do mais terno momento! Porque o pior dele vai para bem longe de nós, basta encontrarmos a forma de soprá-lo para o infinito e ele perder-se em pequenas brisas suaves. Não somos mais do que essas pequenas brisas à procura do rumo certo e a fugir de tempestades e ventos fortes...
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