Trago-te a ti
Em 27 janeiro 2007 choveram pedacinhos de Green Tea | E-mail this post
Veio a manhã, a tarde, e depois a noite. Vieram as nuvens cor de sonho, vieram os azuis retocar o céu frio, vieram os negros da noite lembrar que o tempo não pára. Escorre, infinito e ininterruptamente. Cabemos no meio do tempo, porque o tempo é apenas um escorrer de nadas, onde nos aninhamos.
Vieste tu, no meio do desconhecido, trazer-me sorrisos embrulhados em olhares que sempre me desarmaram, em palavras que quase nem se dizem, por não serem suficientes, em cordas que se deram, trocaram, e se amaram assim. Nas pequenas coisas. E nas grandes. Como nós.
Trouxe-te enquanto te deixava pelo vidro, cada vez mais longe, e sempre tão perto. Ficámos enquanto parti, e entendi a dor de partir, entendi porque a senti no escuro sonolento da viagem. Abracei-me às tuas palavras, e quase senti a tua mão na minha. E mudámos de cor, fizemo-nos arco-íris, como nos acordes que hás-de traçar para mim. Como nos meus olhos. Nas minhas mãos. És tu que brilhas em mim, e és tu que trazes o quente para que te possa abraçar sem hesitações.
E soubesse eu escrever, dar-te-ia as palavras, não alinhadas e rectas pela sua morfologia ou conteúdo, devolvia-me em ti na fúria das palavras que não se conseguem conter, porque são de mil cores e trazem em si tudo o que sinto sem saber traduzir, e que ainda está para descrever pelo melhor dos poetas.
E é por ser tão pequenina mas tão grande que te trago, que apenas to diria na sua forma mais simples ... amo-te. É tão simples e pleno que nada mais to diria, porque tudo o resto o podes ler em mim.
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