Espero ao menos que olhes para trás (...)
Em 29 julho 2006 choveram pedacinhos de Green Tea | E-mail this post
Bebo dessa distância como se me envenenasse lentamente. Releio e repenso as palavras que nos azedaram, e nessa altura despeço-te.
Por pouco tempo, muito pouco tempo ... Então transformo-te, por alquimia de sentimentos, por poções antigas e sabedorias que em mim não encerro. Aplico um pouco de voodoo que nunca ensaiei, a ver se consigo despegar-te de mim. Arrancar-te furiosamente, a ti, às tuas palavras, a tudo de ti. Até restar apenas um emaranhado de fios finos e fracos, frágeis como eram quando éramos o que não fomos.
Amarroto-te, como um papel usado, uma folha em branco onde não inscrevi uma palavra, uma gota de sal, um sorriso, um pôr-de-sol, nada, apenas o branco e as linhas azuis cheias de "ses" que não escolhemos. Acto contínuo, tento alisar-te, fazer com que voltes a ser a folha em branco cheia de possibilidades improváveis. Acto contínuo, acto de desespero. Acto de nada. Passivo. E em ternura te enlaço. Te corto. Te queimo. Te tiro esse sorriso e o desenho a lápis de cor na minha pele. Para recomeçar tudo de novo.
... deito um olhar ao copo, onde a distância tremeluz, cinzenta e fosca, com rasgos de sangue e fios de choro. Veneno. Seja. O que foi tem de ser, não é (amor)?
mt bonito
gostei das palavras usadas/escolhidas, do desenrolar.. da imagem apropriada
Estou (também ?) a começar de novo
:)
**beijo