Sentidos figurados
Em 11 julho 2006 choveram pedacinhos de Green Tea | E-mail this post
Não acredito em coincidências.Páro de respirar quando passo pelos teus caminhos. Pela tua rua. Pelo teu carro. Pela tua janela. Quase te adivinho, já te adivinhei ... sem esforço. Nenhum. Há muito que o sal não me surpreendia as maçãs ... tempo demais, meu caro? Tempo de menos, talvez. Tempo, aquele que não sabe nada, tempo, que me traz os esboços que fiz em sonhos despertos. E que se encarregará de os apagar. Porque eu não sei como se tiram as nódoas de sal, muito menos do meu, muito menos de cá de dentro.
Escrevo de noite o que te disse baixinho durante o dia, sem tu saberes ou sequer me concederes milímetros fugazes no teu espaço. Pela noite, devagarinho. A conta-gotas. Pinga o tempo, recordo. Não me esqueço, é o mal de quem gosta de memorizar e recordar as tatuagens a sangue frio das palavras que se perderam.
Palavras. Sorrio. É com elas que te combato. Com as tuas. Porque à dor de não poder fazer mais nada que desenhar-te no ar, junto a dor das tuas palavras. Secas, mordazes, frias, infantis, desinteressadas, egoístas. Ao sal junto o sangue da minha queda. Ao sal. Brindemos, meu caro. Secaste-me.
Tu és uma mensagem funesta sob um disfarce pardo de coincidência.
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