Come and make it alright
Em 03 janeiro 2008 choveram pedacinhos de Green Tea | E-mail this post
Havias de vir tu pela beira da estrada, espalhando algo que não consegui ver o que era. Sei que soube a chuva quando te deixei, e que a chuva trouxe pedaços de ti em cada gota.A certa altura, o percurso fez-se maior, fez-se espera, quente a pele, já que o frio me apunhala os ossos. Como se a pele pudesse dar nós. Como se eu pudesse ser mais.
Rasgar o pano do céu como se de papel simplesmente se tratasse. E conseguisse eu ferver o céu apenas para tirar de lá as estrelas, para nelas me resguardar num vácuo indolor. E pudesse eu pagar de outra forma. Diga-se que tentei distorcer o raio da distância, numa fórmula matemática que ignoro até hoje, dizem que somas subtraídas são algo complexas, e quem sou eu, que sei eu?
Dormente, aguardo. Presa nocturna, seria este o meu elemento não fosses tu. A espera, a minha espera, torna-se fera. Grades de papel e jaulas de gritos. Cerradas na distância. No escuro e no silêncio. De verdade que não me ouves?
Gosto do frio e da chuva como se por eles me pudesse enamorar. Não me ferem mais do que isso. Não podias ser mais ninguém?
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