Breathing room
Em 25 janeiro 2008 choveram pedacinhos de Green Tea | E-mail this post
Tantas coisas que gostaria de transpor das sinapses para as palavras. Queria dizer-te que o sorriso que me roubas mo devolves todas as horas em que te desenho. Era para te dizer o quão longe viajo na palma da mãos quando os meus dedos roçam de mansinho o teu sorriso. Queria contar-te da fragilidade, da pureza e do céu quase cor-de-rosa. Das pétalas inebriantes e dos pedacinhos de vidro. Das madrugadas e das canções. De tudo aquilo que compõe organicamente o que cá dentro cresce e se orienta para ti, como os girassóis. Queria dizer-te que quase me apetece roubar-te as palavras, forçar-te a garganta, agarrar-te as mãos. Deixa-me ficar... só um instante, deixa-me abrir-te o luar das tuas mãos, deixa-me saborear a tua presença, deixa-me aprender a linguagem do teu olhar, deixa-me tudo isso. Quero-te tudo isso. Quero-te dentro do teu sorriso, quero voar dentro do teu sorriso, ser o espelho e o reverso, ser a luz e a escuridão, as metades e os gomos. Perscrutar-te a alma e o corpo, saber-te de cor, de olhos fechados, escrever-te em cada linha que se aproximar dos meus dedos, sonhar-te em cada sono meu, embalar-te em cada sono teu. Quero-te tudo isso. Sim, tudo isso, e tudo mais que não consiga ainda saber. Que sejas o meu super-herói de capa e espada, mas sem a capa e sem a espada, só preciso que tenhas medo, como eu tenho medo, que tenhas dor e lágrimas, sangue e sal, ferro e fogo. Que sejas tão pouco como tanto que és.
Queria contar-te como já imaginei o toque da tua mão na minha mil vezes, sempre diferentes. Como já inventei o teu riso fechado no meu quarto escuro, como já estudei cada ângulo do teu olhar, cada entoação da tua voz profunda. Quis-te tudo isso.
E sem querer, quase te contei como acredito ...
Tenho pena de não vir cá há muito para ler coisas destas. Vou ter de me pôr a par do que tens escrito nos últimos tempos. ;)
take care