Recuso-me a seguir esse rio, conheço as margens de cor, sei cada folha do caminho, cada pedra que empata as passadas mortas por antecipação, tacteio o percurso se necessário for, já o calcorreei, embalada em sonhos feitos fumo e feitos nada.
Sinto, mas é um sentimento espesso, denso e opaco. É como se uma sirene virtual se alojasse no meu cérebro e me repetisse regiamente que não vá por aí. Ainda assim, um qualquer vento destravado me sopra para ti. Impele-me, como se eu fosse uma canoa. E novamente a seta de selecção...
Os meus dias esvaem-na na quimera do teu rosto, e quase o reconheço nas minhas mãos. Tento apagá-lo, remover cada traço da minha memória, mas a plenitude do teu sorriso incomoda-me. Assusta-me.
A ouvir:
Violent Femmes - Please Do Not Go
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