... por entre os meus dedos de areia. Por entre o sol que persiste nas ondas do meu cabelo. Em cada poro de pele, em cada suspiro infundado e automático, tão profundo como a ausência do meu ser em mim. Vem a luz, mas não a toco. Pareces tu, lá fora, quase juro que é a tua voz, o teu riso, quase o deslindo no fio de lã que teci para te não perder. Ou para não te encontrar.
Eis o tempo! Assoma à janela e acena, veemente. Mas o que faz o tempo aqui? O que fazes tu aqui? Encontro-te aqui, mas como?
Desculpa, já me esquecia que fazes parte de mim, és tu em mim, eu em ti, e a viagem que nos espera no peito dessa coragem que nos impele...
Eu vi, mas não agarrei ...
0 Gotas que choveram em “Escoam-se”
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