Violento e repugnante. Irado e instável, agora que me aglutinei com toda essa comunidade gigante de apáticos estonteados. Eis o meu estado. E sabes? Adivinhas?
Nojo? Nojo metes tu, nesse medo, nessa gruta, nesse esconderijo húmido, onde não te dignas a enfrentar o vento pela frente. Metes nojo, sim! Se estivesses aqui, eu, o vento, cuspir-te-ia na face e dir-te-ia que apenas sobrevives, não vives. Quem vive, ama e reluz. Tu? És feitiço, mortiço e mortal, candeeiro fosco, vitral apagado sem convicções. E ainda assim, persisto, insisto e desisto.NOJO METES TU! Enfia isso pelo cérebro, pela boca adentro, pelos olhos, pelos sorrisos, qualquer coisa. Mas aprende, vive, esquece, resiste. És tão só o nada que me consome e me perde. Há uma linha, pequena, pálida, inviolável, entre nós. Chama-se verde, porque eu sou azul. Tu és transparente, puta lamentada do nada que se fez e pariu.
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