Baile sem máscara
Em 14 setembro 2006 choveram pedacinhos de Green Tea | E-mail this post
Fechar os olhos e saber que nunca se fecham para sempre.
Saber que fechar os olhos é derramar cores suaves na alma, aconchegá-la numa manta de ternura e dizer-lhe baixinho "gosto de ti".
Há cores de nunca, verdes tropicais e exóticos, como na terra de quem nunca cresce e voa apenas com pózinhos mágicos. E o nunca deixa de ser uma gruta para se tornar numa floresta de sons e sensações. Não mais será o desespero, nunca nunca mais.
Fechar os olhos e saborear o sempre. Palavra aberta, de fios macios e toque leve resplandecente. Para sempre é tão claro. Dizer "gosto de ti para sempre" é dedilhar uma harpa longínqua, dourada e azul, em que apenas os dedos se apercebem do quão harmonioso é o sempre.
Fechar os olhos e sorrir por dentro. Embalar o gesto na pausa gentil. Ser, apenas ser, um nada feito tudo. Assim, aos poucos. Assim ... só aos poucos, num fechar de olhos imenso, que é afinal um abrir de alma.
Nunca parto. Fico sempre.
Encostar a cabeça e saber que existo, assim, eu.
Só isso me basta.
:D
linda :)*
num fechar de olhos imenso, que é afinal um abrir de alma.
Nunca parto. Fico sempre.
B.
"Fechar os olhos e saborear o sempre."
tão bom...
**