lados errados ...
Em 18 abril 2008 choveram pedacinhos de Green Tea | E-mail this post
Sei que houve um dia em que o sol nos fez irmãos.
E que pelos breves segundos em que nos despimos de cicatrizes, fomos um só. Houve esse tempo, e depois a maré espumou-se em fiapos de nada.
Trago-te comigo. Dóis de cada vez que decido fechar-te num quarto escuro do lado esquerdo de mim. E dóis ainda mais na doçura da vingança cheia de subtilezas. E depois, as palavras que nunca dizem tudo, somos hábeis em não dizer o que somos, o que fomos, o que queremos.
O relógio é apenas um instrumento de tortura quando nos tocamos sem nos ver. E tocamos mais do que o corpo se despe em pele.
Entregaste-me num campo, floreado de sóis. O teu sorriso ficou preso à minha mão e quis guardá-lo para os dias de chuva. Os nossos dias.
Porque é que os nossos dias se atormentam de silêncios entreabertos? Porque se fecham os lábios em vez de anunciar ao céu que somos bem maiores quando estamos de mãos dadas num abraço fechado?
Que chova. Porque onde houver chuva, estarás comigo e eu contigo.
0 Gotas que choveram em “lados errados ...”
Enviar um comentário