...estão os braços serenos onde adormeço todas as noites... não os encontro quando os procuro, apartados de mim, parece que apenas existem para mim.
O riso ecoa na memória feita de papel e a carne tosse pedaços internos de solidão. Apanho os vidros do chão, são pedaços da tua folha. Escrevi-a numa tarde de outono ou numa manhã de inverno, enquanto estavas à lareira, no outro ponto da casa onde não vivemos. Ainda recordo o restolhar dos passos lá fora, as árvores a beijar o céu frio. E o fogo, que dançava para nós, cambiante das flores que apanhaste para mim com as mãos do abraço que nunca demos.
Apartamo-nos do sol e ficou frio. E ainda assim, de cada vez que o meu coração se atear em fogo, em carne, em sangue, é para ti que irá...
['cause to the universe i don't mean a thing, and there's just one word i still believe, and it's love]
0 Gotas que choveram em “longe...”
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