Era suposto fazer um balanço da maratona de escrita. E depois fiquei sem escrever... Parece justo fazer o balanço de ambas as fases.
Escrita
Doem-me os dedos de escrever, os olhos de ler, e os lábios de os morder para conter as palavras. Desfiz-me dos pudores e dos tecidos que envolviam o casulo onde me escondo. Estranha necessidade de te cantar em palavras, de abraçar o vazio que aqui ficou. Só. E a dor que deixas.
Pausa
Porque às vezes não vale a pena esvair-me. Custa demais e parece que preferimos os dois deixar de pensar. Paremos de todo. Sejamos nada, mas de verdade. Esqueçamos que existimos um dia. Esqueçamos que já fomos um tudo, lembremos, recordemos apenas o presente efémero que somos.
Então
Roo-me quando escrevo, traio-me quando não escrevo. Escavo-me nas palavras, perco-me nas ausências. Prefiro a dor da escrita à dor da traição de não o ser. E no fim? Amo ainda, perco ainda e sempre.
[a ouvir Supernada, À Tua Procura ... irreal, não?]
Quando escrevemos parece-me que conseguimos por o que sentimos de uma maneira diferente! nao sei explicar... mais livre talvez!
gostei particularmente das palavras azuis! é só, tal e qual o que lá esta! fantastico! =)
bacci*