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Este espaço não é teu.
Eu quis, eu tentei, eu dei-to. Queria ter sabido partilhá-lo contigo. Queria ter-to oferecido já que nada mais te posso dar que não te assuste.
Prefiro pensar que é o teu medo e a tua facilidade que nos separam. Prefiro saber-nos distantes mas juntos numa tela que não pintamos, num livro que não escrevemos.
Mas, mas, mas...
Esse receio enjoado de quem diz e pensa e quer e no fundo não sabe o que faz, essa meia verdade fingida, toda essa tua carapaça me afasta de ti.
Não é por não te querer. É precisamente por isso.
Estou cansada. Estou aqui, sempre aqui, à beira mar enquanto voas por aí sem que te pergunte onde estiveste, sei que não és fácil de agarrar, que prender-te as asas é matar-te aos poucos. E não te quero matar, meu amor.
Estou exausta da nossa vida que não o é. Queria ensinar-te e aprender-te, desenhar-te um risco nas costas com o meu dedo enquanto dormisses. Quis tudo isso e muito mais.
Mas não sei o que queres de mim.
Não sei o que vês em mim que te afasta, que te impele para trás, te suga de mim como se fosse um buraco negro de ausência quando somos luz e sombra que não se amaram pelo medo de ver o mundo a nascer de novo.
Sentes?
Enquanto te encontras nas palavras fáceis, perco-te. Enquanto te enrolas num mármore perfeito e estático, vais soltando as minhas amarras, que atei com tanto cuidado.
Não vês. Se a ponta dos meus dedos fosse o que te pudesse dar, verias o que sou. E o que não sou. Sou um barco à deriva. Sou a lua que enche as minhas noites.
Não sou. Se há coisa que não sou é a nuvem que escolhes. É o pedestal em que não me ponho. Sei que sou mais. Sei que tens medo. Mas o não veres, o não leres, o não perguntares, o nada que me dás.
Esse nada, esse tudo que me tiras, essa ferida que não me deixas cicatrizar. Não te consigo dar a outra mão. Meu amor, de ti espero tudo. De mim, espera tudo. Menos que perdoe a tua indiferença. A tua facilidade cobarde. Porque te amo. Mas não me deixas dizê-lo, fazê-lo, escrevê-lo. E estou cansada de lutar com o teu medo.
Este espaço não é teu.


1 Gotas que choveram em “Espaço”

  1. Anonymous Anónimo 

    Não quis escrever este post. Quis dizer o que escrevi, mas não queria escrevê-lo.
    Aliás, tudo o que escrevi hoje saiu completamente ao lado.
    Mas não cabe em mim a dor de saber que não sou eu que nos prendo.

    Pôrra, custava-te muito por uma vez, uma única vez, uma pequena vez, não te esconderes e falares um pouco sobre esta "coisa" que não me deixa dormir? Vou levantar-me daqui a pouco, enfiar-me na cama, e remoer-me de frustração porque para ti tudo tem piada! E eu não tenho piada, não quero que tu tenhas piada só para teres alguma coisa!
    Qualquer sol aprende a nascer, mas acho que é só o meu amor que está a mudar... e eu não queria isso.

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