E em segredo se diz (novo crime à minha porta)
Em 02 maio 2006 choveram pedacinhos de Green Tea | E-mail this post
Apercebo-me que não vale a pena tentar não vir cá.
Estranho, como é estranho sorrir enquanto escrevo isto. Eu, o cúmulo da teimosia e da obstinação, delicadamente disfarçada de persistência. Eu, a admitir que me mudas quando é essa mudança que tememos. É tão mais fácil quando estamos longe, e não temos de nos ver e pensar no que vemos e no que os outros vêem. E se eu digo algo errado? É tão fácil errar quando não se pensa, sente-se e o sentimento é do tamanho do mundo. Ou maior.
E eu muda. Muda, mas a dizer-te tanta coisa.
Sim, não te disse quase nada. Mas tu disseste tudo mesmo sem teres dito nada. Roubo-te a desculpa, porque acredito em tudo o que me disseste no teu segredo silencioso e escondido.
Não te disse nada. Estive lá, apenas isso. E o sol, aquele sol pálido e ténue que me encheu o coração com uma luz tão viva e quente. Ou não, acho que foste mesmo tu. E eu estava lá. E tu estavas lá. E não dissémos nada. Mas trocámos tanta coisa em segredo. Li-te e escrevi-te enquanto me olhavas.Guardei-te.
(só me lembrava deste título, misturado entre uma música de Ornatos Violeta e uma que ainda hoje me arrepia,
... és o azul do beijo, que jaz escondido, e em segredo se diz ...)
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